Painel discutiu espectro atual e deu perspectivas para os serviços futuros no Brasil e no Japão
Com moderação do engenheiro de comunicação da Abratel (Associação Brasileira de Rádio e Televisão), André Trindade, a plenária O Espectro e os Serviços Futuros” tratou do espectro de distribuição atual no país e abordou as mudanças e demandas do serviço no Brasil e no Japão nos próximos anos – o país asiático prepara-se para expandir seu espectro para as olimpíadas de 2020, que acontecerão em Tóquio.
Para André, esse painel serviu também de alerta aos radiodifusores, para que eles não fiquem preocupados apenas com o desligamento do sinal analógico. “As emissoras puderam acompanhar as deliberações que acontecem em encontros internacionais para garantir que a faixa de 600MHZ (UHF) continue com a radiodifusão, para evitar problemas de interferência”, reforçou.
Hiroyuki Ogawa, diretor de tecnologia digital broadcasting do Ministério dos Assuntos Internos e das Comunicações do Japão, falou sobre as mudanças que ocorreram no desligamento da TV analógica naquele país, além da frequência de banda larga japonesa. “O objetivo é ter, em 2020, uma frequência de 2.700 MHz”, relatou. Os avanços e cooperações internacionais do espectro 5G também foram tratados. “O Ministério das Comunicações do Japão recomendou estudos para a aplicação e melhora da frequência 5G no país. Estamos pesquisando novas tecnologias para o 4K e 8K de transmissão terrestre, com foco nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020.”
Leonardo Euler de Morais, presidente do comitê do uso de espectro e órbita da Anatel e conselheiro do órgão, falou sobre o espectro para demanda atual e das novas tecnologias. “A Anatel trabalhou muito sobre o processo de migração da TV analógica para a digital. O que foi muito difícil, já que o país tem dimensões continentais e houve concomitância do oferecimento dos serviços”, disse.
Ilham Ghazi, chefe dos Serviços de Radiodifusão no Escritório de Radiocomunicações da União Internacional de Telecomunicações (UIT), participou remotamente da discussão e apresentou as atribuições da UIT, da qual o Brasil faz parte. “Na TV analógica, um canal de frequência funciona para um programa de TV. Com o digital, um mesmo canal suporta muitos programas.” Ela falou ainda da importância da participação do Brasil no processo de coordenação de frequências VHF e UHF para América Central e Caribe, que já se iniciou.
Com informações Assessoria de Imprensa SET