Associação Brasileira de Rádio e Televisão

microfone com placa de "ao vivo" no fundo - radiodifusão

Danilo Fuin, da Novabrasil FM: ‘Eu não sou só uma rádio’

Data: 20/6/2022
Veículo: PropMark

Executivo fala sobre os projetos da emissora, que apresentou um aumento de quase 60% no primeiro quarter de 2022

Diretor-executivo da Novabrasil FM, Danilo Fuin vê vida longa ao rádio, mas acredita que o aparelho de rádio está com os dias contados. “Eu estou onde esse público que consome audiovisual está, e eu não estou falando em rádio”, diz. “O rádio, como marca, está cada vez mais forte e mais completo”, acrescenta.

A emissora, que foi adquirida no final de 2020 pelo Grupo Thathi, completou no último dia 1º 22 anos no ar, uma transformação que foi acontecendo pouco a pouco. Atualmente, a rádio se vê como uma plataforma de conteúdo, que se desdobra em produtos que vão desde uma experiência imersiva ao Festival Novabrasil, que retorna após o gap imposto pela pandemia com dois dias de programação.

A fórmula, no entanto – a depender dos resultados até aqui –, está indo muito bem, obrigado. Segundo o executivo, no primeiro quarter de 2022, a emissora teve um aumento de 57% em faturamento em comparação com o mesmo período de 2021.

Grupo Thathi
A rádio completou, recentemente, 22 anos, e sempre foi da família Quércia, do Solpanmby, e o Grupo Thathi adquiriu um conglomerado de unidades de negócios de comunicação no final de 2020, meados de outubro. O primeiro movimento que fizemos, que já era uma tendência em relação à produção de conteúdo, foi a implantação do jornalismo na grade de comunicação. Então, hoje, nós temos um jornalismo forte, entre seis e oito horas da manhã nacional, com mais de 20 colunistas. O ‘Nova Manhã’, atualmente, é comandado pela Michelle Trombelli e pelo Mauro Tagliaferri, os dois âncoras do jornal. A partir das oito da manhã, passamos a ter um jornal local nas áreas em que temos atuação. Em São Paulo, quem lidera é o Heródoto Barbeiro, que fala para a capital, com prestação de serviços.

Audiovisual
No paralelo, a gente começou a rentabilizar com produção audiovisual. Então, já que eu tenho um Heródoto Barbeiro, um Gabriel Chalita na programação, eu passo a fazer essa transmissão em live simultânea no YouTube. Então, em todas as nossas praças, nós instalamos câmeras, reposicionamos o microfone, adquirimos uma nova plataforma de exibição.

Jornalismo inclusivo
A rádio tem que ser protagonista da Música Popular Brasileira. O nosso principal guarda-chuva é a brasilidade. A gente busca construir, todos os dias, um jornalismo com mais inclusão, de fazer pessoas que não consomem jornalismo em rádio entenderem o que está acontecendo no mundo, no país, no estado e na sua cidade.

Fuin, diretor-executivo da Novabrasil FM: foco na Brasilidade (Fotos: Divulgação)

Não tem gritaria no nosso jornalismo, não tem partidarismo, a nossa linha de comunicação dos âncoras é acessível, com palavras fáceis, menos números. Esse é o propósito que nos une com o conceito de Brasilidade.

Brasilidade
A gente recebeu uma consultora especializada em inclusão de brasilidade nas marcas, e ela está fazendo um trabalho para um produto super brasileiro. Em uma reunião, certa vez, ela comentou sobre esse job, que estava com ele há dois anos, e comentou que a Novabrasil FM já fala de brasilidade há mais de 20 anos. Ou seja, a gente já tinha essa pegada, só não estava tão exposto assim. Então, a nossa campanha ‘Se Liga na Brasilidade’ é atual, mas a gente já vem trabalhando esse mote há, pelo menos, quatro anos. Com esse conceito, na verdade, a gente abriu um pouco mais o leque. A rádio era extremamente musical, ainda é e será com essa vertente, mas eu posso transitar muito bem nos aspectos culturais do país, nas cidades onde eu atuo, eu entro em teatro, em exposição. A Brasilidade é mostrar o que o Brasil tem de melhor.

Publicitário
Quando fica muito explícito o nosso posicionamento, o speech comercial fica muito mais fácil e mais engajado com algumas marcas. Quando a gente segmenta e se posiciona, queremos ter um propósito. Eu não sou só uma rádio, a Novabrasil é maior que a rádio. A gente teve e tem grandes frutos disso, já que eu consigo desdobrar esse conceito em produto. Eu tenho condições de fazer uma experiência imersiva na casa da MPB, por exemplo. Eu consigo fazer o principal festival de música brasileira do país, eu tenho credibilidade para fazê-lo. Eu consigo criar uma exposição sobre a história de determinado artista. Então a gente tem um discurso de cauda longa do que simplesmente o fato de ser uma rádio que toca MPB.

Festival da Novabrasil retorna em 2022 com dois dias de evento, em São Paulo

Festival Novabrasil FM
É o principal projeto da rádio. É um momento de aproximação com o artístico, contato físico com o público e uma receita publicitária relevante. Nós temos um leque de opções de ativação, que desde a gastronomia, sensoriais. A ideia é fazer um festival como experiência de vida.

Faturamento
A gente cresceu bastante em faturamento, de 2016 para cá. Só para ter uma ideia, de 2021 para 2022, primeiro quarter, o aumento foi de 57% de faturamento. É um indicador gigante, muito embora ainda falte bastante tempo para acabar o ano. Mas o começo foi bom. E isso acontece muito por conta do nosso posicionamento, que se desdobra em produtos.

Vida longa ao rádio!
O rádio terá uma vida longa, isso é inegável, mas a gente tem uma nova geração, que consome outras plataformas. O rádio, o aparelho de rádio, vai acabar, mas a rádio, como marca, está cada vez mais forte e mais completo. Eu produzo podcast, eu estou no Spotify, eu estou onde está esse público que consome áudio, e não estou falando em rádio.

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