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Diretor do SBT questiona critérios do governo para definir cronograma do switch off

Diretor do SBT questiona critérios do governo para definir cronograma do switch off

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O governo precisa rever os critérios usados no planejamento do desligamento do sinal analógico de televisão. Essa é a avaliação de Raimundo Lima, diretor de operações técnicas do SBT. Para Raimundo, o cronograma apresentado pelo governo, que prevê início do processo de desligamento do sinal em 2015, continuando de forma escalonada até sua conclusão em 2018, mostra uma preocupação maior com a liberação do espectro de 700 MHz para leilão que com critérios técnicos.

“Entre as cidades que aparecem primeiro no desligamento, estão municípios com pouca população, com 40, 50 mil habitantes. Então eu questiono qual o critério para escolher esses municípios. Se fosse um critério técnico, os grandes centros deveriam vir antes, como Rio, São Paulo e Brasília, por onde começamos o processo de digitalização. Alguns municípios apresentados como os primeiros a ter o sinal desligado nem têm cobertura digital ainda”, avalia Raimundo. Além de questionar o planejamento do cronograma, Raimundo defende que seria preciso estabelecer uma cidade piloto, para testar as transmissões sem sinal analógico. “Uma coisa que o SBT e o setor discutem é a necessidade de ter uma cidade teste, para avaliar a transição. Até imaginava-se que seria Brasília, mas até agora nada foi apresentado”, diz.

De acordo com ele, o SBT conta com a cabeça de rede e 109 afiliadas no território brasileiro, das quais oito pertencem ao próprio SBT. “Nas capitais, o cronograma está confortável. Nas cidades maiores, onde estão nossas afiliadas, nem tanto, mas estamos progredindo”. De acordo com ele, o maior desafio será levar o sinal digital para cidades menores, com menos de 200 mil habitantes, que recebem sinal das afiliadas através de retransmissoras. “Não temos um mapeamento desses retransmissores ainda, estamos trabalhando nisso. Estamos descobrindo que há uma parte que pertence às filiadas, outra parte nas mãos de prefeituras e até mesmo algumas que pertencem a empresas privadas sem nenhuma ligação com o mercado de comunicação”, explica.

Ele diz que o processo de digitalização exige grandes investimentos dos radiodifusores sem gerar uma receita direta. Contudo, na sua avaliação, a digitalização é também uma necessidade do mercado, que precisa melhorar a qualidade das transmissões. “Vai ser um investimento robusto e não vamos ganhar com publicidade, anunciantes. Mas ao mesmo tempo, isso é algo que precisa ser feito. Precisamos melhorar a qualidade e essa qualidade está no digital, não no analógico”.

Para ele, ainda que exista um cronograma, o avanço da digitalização no país dependerá principalmente da capacidade de investimento das empresas de radiodifusão. “Assim como o SBT pertence a um empresário, as filiadas também pertencem, e esse empresário precisa de dinheiro para investir. Ele vai esperar até quando puder para investir e mesmo assim terá que procurar recursos”, avalia. Para reduzir os custos, ele defende que as radiodifusoras criem planos conjuntos de expansão da digitalização, principalmente em municípios menores. “Compartilhar antenas não é um costume no Brasil, mas Brasília está ai para mostrar que é possível”, diz.

Fonte: Leandro Sanfelice do Telaviva

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