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O social commerce veio para ficar: o que as big techs vão fazer a respeito?

O social commerce veio para ficar: o que as big techs vão fazer a respeito?

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Data: 30/07/2021
Veículo: LabsNews

lataformas de mídia social, incluindo as gigantes FacebookInstagramYouTubeTwitter e Snap, estão investindo pesado em funcionalidades e recursos de compras dentro de seus apps para impulsionar o crescimento de receita. As empresas estão competindo por uma fatia do mercado de social commerce, um modelo de negócios nascido na China que conta com a capacidade dos usuários de descobrir e comprar produtos por meio dos apps de mídia social.

Pesquisas do eMarketer/Insider Intelligence mostram que as vendas realizadas nesse modelo de negócio podem chegar a US$ 351,65 bilhões em 2021 só na China, um aumento de 35,5% em relação ao ano anterior. Os dados também mostram que mais da metade dos compradores digitais com idade igual ou superior a 14 anos do país farão pelo menos uma compra através de plataformas de redes sociais no nesse ano.

Agora, o modelo está rapidamente se popularizando também em outros países. Em 2021, as vendas de social commerce dos Estados Unidos aumentarão em 35,8%, chegando a US$ 36,62 bilhões. Brasil e México, as duas maiores economias da América Latina, também devem alcançar índices consideráveis de adesão ao social commerce, com 38,7% e 30,9% dos compradores digitais realizando pelo menos uma compra via redes sociais, respectivamente.

Gráfico: eMarketer/Insider Intelligence

O sucesso do social commerce decorre em parte do direcionamento, via algoritmo, dos produtos com base nos interesses do usuário, sendo que cada venda gera novos dados que podem ser usados para futuras propagandas e direcionamento de mercadorias.

De acordo com relatório do eMarketer/Insider Intelligence, o Facebook é a principal plataforma de social commerce fora da China, com 56,1 milhões de compradores em 2021 apenas nos Estados Unidos. O Instagram está em segundo lugar, com 32,4 milhões, seguido pelo Pinterest, com 13,9 milhões. Na China, o WeChat lidera o mercado; aplicativos de compras em grup, como o Pinduoduo, também impulsionaram o crescimento da modalidade.

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Além disso, os varejistas estão cada vez mais aderindo à tendência, ao passo que as restrições impostas pela pandemia impactaram negativamente as vendas em lojas físicas. As marcas têm contratado celebridades e influenciadores para fazer publicidade de produtos e “convidar” seus milhares de seguidores a fazer compras dentro dos apps das redes sociais.

Gráfico: eMarketer/Insider Intelligence

Embora o volume de compras via social commerce ainda seja pequeno, na comparação com o e-commerce tradicional, os gigantes das redes sociais estão de olho nos dados gerados pelos hábitos de compras e navegação dos usuários para aumentar suas receitas de publicidade direcionada.

Facebook

O Facebook lançou o Shops em maio de 2020 durante o auge da pandemia, atraindo as marcas com uma ferramenta para vender seus produtos diretamente no Facebook e Instagram, e os consumidores com uma espécie de curadoria personalizada para descobrir roupas ou artigos domésticos. O Facebook afirma ter cerca de 1,2 milhões de lojas ativas na plataforma mensalmente.

No mês passado, anunciou a expansão do Shops para o WhatsApp e o Facebook Marketplace. No entanto, ainda não está claro quando o recurso será lançado e em quais regiões, incluindo a América Latina.

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Nos próximos meses, o Facebook informou também que lançaria uma ferramenta de inteligência artificial chamada ‘Visual Search’ para que os usuários que comprarem pelo Instagram possam clicar nos itens e encontrar produtos similares no Shops. Essa integração será feita pelo GrokNet, o sistema de reconhecimento de produtos da empresa.

Twitter

Twitter, uma plataforma mais conhecida como uma ferramenta para acompanhar notícias de última hora ou discussões de temas atuais, anunciou que permitirá que as empresas mostrem produtos para venda no cabeçalho de seus perfis na plataforma, em uma tentativa de garantir uma fatia do lucrativo mercado de compras on-line.

Os usuários poderão passar por uma espécie de carrossel de produtos na parte superior do perfil das marcas, clicar em um produto e concluir a compra no site da loja.

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Essa nova ferramenta é mais uma tentativa de oferecer compras no Twitter. A empresa já havia experimentado um botão “Comprar agora” e páginas de produtos em 2015.

YouTube

YouTube, conhecido pelos vídeos de “unboxing”, nos quais YouTubers abrem pacotes de compras enquanto resenham o produto e a experiência de compra, quer integrar as compras diretamente na plataforma. O plano foi anunciado pelo diretor de negócios do Google, Philipp Schindler, na call sobre os resultados do trimestre.

Além disso, no mês passado o YouTube comprou a simsim, uma startup de social commerce da Índia que ajuda pequenas empresas a fazer a transição para o e-commerce, com recursos de vídeo e criadores de conteúdo. Gautam Anand, vice-presidente e diretor do YouTube na Ásia, disse na ocasião que a aquisição é mais um passo para ajudar os usuários do YouTube a descobrir e comprar produtos de empresas locais.

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“À medida que mais e mais compras acontecem on-line, o vídeo tem um papel importante em ajudar os usuários a descobrir novos produtos e encontrar recomendações de criadores de conteúdo em quem confiam. Todos os dias, as pessoas vêm ao YouTube para comparar produtos, ver críticas e encontrar recomendações de seus criadores favoritos”, escreveu ele em um post de blog.

Snap

Snap está investindo em tecnologia de realidade aumentada projetada para ajudar os usuários a provar itens como relógios, jóias e outras peças de vestuário. O objetivo é reduzir as devoluções, um grande problema enfrentado pelos varejistas online.

Além disso, os usuários do Snapchat podem tirar uma foto da roupa de um amigo com o aplicativo e encontrar opções semelhantes ou recomendações de produtos.

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“O Santo Graal da publicidade é realmente vender mercadorias”, disse Rich Greenfield, sócio da LightShed Partners, em uma nota sobre o Snap na semana passada. “Apesar de essas iniciativas ainda estarem nos estágios iniciais, acreditamos que um número crescente de marcas vai querer estar presente nessas plataformas.”

TikTok

O popular aplicativo de vídeos curtos está fazendo testes de compras ao vivo com marcas selecionadas no Reino Unido, permitindo que os usuários comprem roupas anunciadas por influenciadores em tempo real, durante transmissões ao vivo.

O futuro

Mesmo com o afrouxamento das restrições impostas pela pandemia, analistas dizem que é pouco provável que a demanda por compras on-line recue. “As pessoas se acostumaram a comprar on-line”, disse o analista Dave Heger, da consultoria Edward Jones. “Eu não acho que elas vão voltar completamente ao nível em que estavam antes em termos de compras em lojas físicas”.

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