A migração dos sistemas das TVs parabólicas da banda C para banda Ku motivou a criação de um grupo de trabalho na Sociedade Brasileira de Engenharia e Televisão (SET). O grupo tem a coordenação de Wender de Sousa, engenheiro da Abratel e de Ana Eliza Faria e Silva, da TV Globo . O GT irá acelerar as discussões sobre a migração. A previsão de início dos trabalhos depende da criação do Gaispi (Grupo de Coordenação com representantes do governo, emissoras e operadoras) e da EAF, que é a entidade responsável pela execução das atividades. Os trabalhos vão envolver a elaboração de guias técnicos e o acompanhamento do processo dos sinais transmitidos da banda C para recepções domésticas com nova distribuição em banda Ku.
Souza defendeu a migração de usuários da banda C para a banda Ku como a única solução para essa questão envolvendo o leilão do 5G e a radiodifusão, liberando, assim, a faixa de 3,5 GHz para o uso da tecnologia. Segundo o engenheiro, a solução irá manter o acesso a TV aberta livre e gratuita à parcela mais carente da população.“A visão das TVs é que, indo para a frequência mais alta, compatível com antenas DTH (direct to home), não haverá preocupação futura caso a Anatel decida licitar também a banda C para a quinta geração móvel”, avaliou ele.
Questionado sobre os desafios do setor, o especialista da Abratel assegurou que a radiodifusão brasileira é uma das mais evoluídas e inclusivas no mundo. “Os desafios são grandes, mas a nossa pretensão também é grande. Nossa missão é manter o setor sempre atualizado e visando sempre um futuro melhor para o rádio e a TV”. A mudança atinge os serviçoes profissionais em Banda C, que necessitarão de filtos para sua preservação.
Raul Trindade
Assessoria de Comunicação da Abratel