Data: 16/10/2024
Veículo: SET Brasil
As entidades defendem medição transparente e reforçam posição de liderança da audiência de TV aberta, e ainda, questionam informações divulgadas na imprensa que afirmavam que plataforma de streaming tem mais audiência que a TV.
Em comunicado conjunto, a ABERT (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão); e a ABRATEL (Associação Brasileira de Rádio e Televisão), deixaram clara a sua posição sobre as manchetes que afirmavam que o Youtube tinha superado a audiência da TV aberta no Brasil.
Leia o comunicado na integra:
“O mercado foi surpreendido, nesta quinta-feira (10), com manchetes sensacionalistas que apontavam a suposta superação da audiência das TVs abertas no Brasil pelo YouTube, apoiada em dados de pesquisa divulgados pelo próprio YouTube.
A informação motivou um rápido posicionamento da Kantar IBOPE Media, a quem as métricas foram atribuídas, esclarecendo que houve um equívoco: os dados divulgados pela plataforma misturavam pesquisas de declaração do consumidor, pesquisas de consumo e dados internos do YouTube, embaralhando fontes, metodologias e recortes de universos diferentes, sem refletir a audiência medida em suas pesquisas.
Dados auditados da própria Kantar IBOPE Media (CPV 2023) mostram que TV linear representa 74,3% de todo o consumo de vídeo. A TV Aberta tem 64,5%, contra 25,7% de todas as plataformas de vídeo online somadas. O consumo dos canais aberto é quase o triplo das plataformas de vídeo online. Foram quase 10 trilhões de minutos consumidos dos canais abertos em 2023 contra 3,8 trilhões das plataformas. Diferença bastante significativa a favor dos canais abertos!
Reforçamos a necessidade de assegurar o uso íntegro de dados auditáveis e independentes para criarmos padrões seguros de comparação das medições de audiência do meio TV e das plataformas digitais.
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (ABRATEL), a Federação Nacional das Agências de Propaganda (FENAPRO) e a Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP) já convocaram o mercado publicitário brasileiro para debater alternativas de integração de métricas. Este trabalho está em andamento no Fórum da Autorregulação do Mercado Publicitário (CENP), a fim de evitar o surgimento de soluções unilaterais, com fontes distintas e não certificadas de dados e sem a devida parametrização, que podem ser prejudiciais ao mercado”.