Data: 14/12/2022
Veículo: Convergência Digital
A disseminação de ofertas de conexão à internet calcadas em redes suportadas por fibras óticas transformou o panorama da acessibilidade no Brasil. A fibra não apenas é a grande protagonista da transformação digital no país como vai se tornar ainda mais fundamental com o 5G.
“Em cinco anos, a internet no Brasil foi de 15 Mbps para 200 Mbps. A fibra trouxe velocidades que os clientes não conheciam. Hoje vendemos basicamente velocidades acima de 400 Mbps e 500 Mbps”, destacou o diretor de Consumidor e Empresarial da Oi, Roberto Guenzburger, ao participar nesta terça, 13/12, do painel online Banda Larga Fixa: Desafios e Missão em 2023, realizado pela Convergência Digital.
O executivo destaca que a partir da fibra é possível garantir o atendimento à evolução das necessidades dos usuários. “Sentimos uma demanda de 20% de nossa planta, de 4 milhões de clientes, que querem melhorar a qualidade da conexão indoor. E a beleza da fibra é que a partir do software a gente sai para novas velocidades e daqui a pouco estaremos em 10 Gbps”, disse Guenzburger.
Esse movimento sinaliza uma evolução da oferta e da demanda no país, ressaltou o diretor de soluções da Huawei, Carlos Roseiro. “O mercado brasileiro está mais maduro. Houve uma grande corrida para a conexão básica com fibra até a casa. E agora o mercado demanda outro tipo de experiência, cobertura na casa toda, experiência estável, latência baixa, e que todos possam utilizar simultaneamente.”
Como lembrou, “hoje as pessoas não querem apenas banda larga de alta velocidade, querem baixa latência. É fundamental que haja uma evolução de toda a experiência. E isso não passa apenas pelas operadoras, mas também com os provedores de serviço, aproximando das centrais das operadoras”.
Para tanto, o mercado vem combinando soluções associadas às redes de fibra, como o salto para o WiFi 6E e o uso crescente de redes Mesh, para garantir conectividade em múltiplos dispositivos, com vários pontos de conexão.
“A tecnologia evolui muito rápido. O WiFi 6 está ganhando tração e vai ter uma viabilidade econômica maior para termos mais dispositivos. Hoje, ainda está no topo da cadeia para os celulares. Mas devem começar a entrar nos demais segmentos. O mesmo vai acontecer com uma nova geração de televisores. E temos as redes Mesh. Há pessoas que ainda acreditam que ter um repetidor de sinal basta. Até aqui poucos conhecem como o Mesh funciona, mas isso é algo que vai aumentar exponencialmente em 2023”, apontou o diretor de marketing da Nokia Brasil, Felipe Garcia.
Ele lembrou que 57% do tráfego internet atualmente se dá via WiFi. E que o 5G, com muita necessidade da qualidade promovida pelas fibras óticas, reforçam a ideia de complementariedade das tecnologias. “O 5G e o WiFi, 6 e 7, serão dominantes nos próximos 10 anos. E não existe 5G sem fibra ótica. A fibra é fundamental para a chegada do 5G.” Assistam a íntegra da live: Banda Larga fixa: Desafios e Missão em 2023.
