Sensível ao “drama” vivido pela GVT, cujo satélite que usaria para ampliar a capacidade de seu serviço de TV por assinatura explodiu no lançamento, a Anatel deu mais dois meses de prazo para a empresa se adaptar à regra, trazida pela Lei do Serviço de Acesso Condicionado (SeAC), de carregamento dos canais obrigatórios. Agora ela tem até o fim de agosto para se adaptar.
A empresa, assim como a Sky, por exemplo, teve o seu pedido de dispensa de carregamento dos canais das geradoras locais (que, pela lei, é uma parte dos obrigatórios) atendido, mas caso opte por carregar um deles, deverá carregar todos os 14 canais definidos pela Anatel como de abrangência nacional.
De acordo com o relato do conselheiro Marcelo Bechara, a empresa já carrega cinco desses canais, então, deve adicionar outros nove para se adequar. “A prestadora apresentou documentação sobre falha no lançamento do satélite. É notório e público, tem até vídeo no YouTube do lançamento da Intelsat que acabou sendo frustrado”, disse Bechara.
Segundo ele, a empresa tem mostrado boa vontade para cumprir a regra, tendo, inclusive, procurado os radiodifusores para explicar a situação. “Soube que ela entrou em contato com os radiodifusores, mostrando que ela quer cumprir a regra. Isso mostra a boa fé da empresa”.
Bechara não falou, mas deu a entender, que esse não é o caso de outra companhia que também usa a plataforma DTH, a Sky. A empresa briga na Justiça para não ser obrigada a carregar todos os 14 canais, mas recentemente em decisão preliminar a Justiça de Brasília não deu provimento à ação da companhia.
Fonte: Teletime