Na última sexta-feira, 31, a Argentina enfim realizou a primeira licitação de frequência 4G para as empresas Movistar (Telefónica), Claro (América Móvil) e Personal (Telecom Italia, enquanto não completa a venda das operações da Telecom Argentina para o grupo Fintech), além da nova entrante Arlink. As frequências dedicadas ao LTE serão a AWS (1,7 GHz e 2,1 GHz) e a faixa de 700 MHz e ambas terão obrigações de coberturas para todo o país. O governo argentino realizou leilão também das bandas de 3G remanescentes nas faixas de 1,9 GHz e 850 MHz, mas que serão divididas em três áreas do país: norte, sul e Buenos Aires. Todas as licenças, tanto de 3G quanto de 4G, terão validade de 15 anos.
De acordo com a Secretaría de Comunicaciones (Secom) argentina, o valor total arrecadado para os dez lotes de frequências chegou a US$ 2,233 bilhões, um ágio de 13,6% em relação à oferta base. Desses dez lotes, os de número 8, 9 e 10 correspondiam à frequência para 4G e tiveram ágio de 19,7%.
Os vencedores de cada lote só serão anunciados no final do mês, mas a Arlink, que atua no mercado residencial e corporativo, deverá ficar com a reserva de espectro destinada a um novo entrante. A empresa tem cobertura atual em apenas algumas províncias argentinas: Mendoza, San Juan, San Luís, Tucumán, Santa Fe, Río Negro, Santiago del Estero, Catamarca, Chubut e Santa Cruz.
Em comunicado, a Secom afirma que o LTE deverá promover o desenvolvimento social e econômico do país, e que “a chegada da tecnologia 4G permitirá a melhor qualidade das comunicações a nível nacional, aumentando a cobertura, a velocidade de navegação e a transferência de dados”.
De acordo com dados do Atlas Brasileiro de Telecomunicações, a Argentina contava em 2013 com 60,608 milhões de acessos móveis, com uma participação de mercado quase igual, cerca de 20 milhões cada, para as três maiores concorrentes, Movistar, Claro e Personal. Correndo por fora havia a Nextel, com 1,9 milhão de acessos.
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