A SET (sociedade que congrega os engenheiros de radiodifusão) afirmou que o terminal de celular usado pela agência para fazer o teste de interferência na TV nem existe no Brasil
“As condições como previstas na consulta pública, são um conjunto explosivo, com filtros muito complexos e muito caros”. Assim se manifestou Ana Eliza Maria, representante da SET (sociedade técnica de radiodifusão) na audiência pública realizada hoje pela Anatel para discutir o leilão de 700 MHz. Segundo a entidade os testes de interferência feitos pela Anatel e que demonstraram que não há problemas, utilizaram terminal de celular com uma tecnologia muito melhor aos aparelhos vendidos no país, que gera menos interferência em relação aos aparelhos autorizados pela própria agência.
“ Se o terminal emite menos sinais do que o aparelho certificado o teste estaria “roubando”, acusou ela. A Anatel retrucou, no entanto, afirmando que se aparelhos celulares irradiarem mais do que as configurações previstas nos testes realizados, eles não serão certificados pela agência. A disputa vai continuar, pois a Abert alegou que o próprio regulamento da Anatel, que estabelece as regras do 3GPP, admite sinais de irradiação maiores, e que deveriam ter sido considerados nos testes.
Tele Síntese
Miriam Aquino
