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Início do 5G “puro” em todas as capitais pode ficar para setembro

Início do 5G “puro” em todas as capitais pode ficar para setembro

Aparelho celular na mão de uma pessoa e os letreiros 5G saindo da tela como magia, monstrando uma tecnologia avançada tal qual o 5G
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Data: 12/05/2022
Veículo: Tele Síntese

O pedido de prorrogação de 60 dias para o compromisso de ativação do 5G pelas operadoras se deve à impossibilidade de comprar em tempo hábil os filtros que terão que ser implementados para evitar a interferência do 5G nos serviços profissionais de satélite

O início do funcionamento comercial do 5G SA deve acontecer em todas as capitais brasileiras e Distrito Federal em setembro,  e não em julho, como previsto no edital da Anatel. Pelo menos essa é a proposta do grupo técnico formado por Anatel e operadoras de telecomunicações. O pedido terá que ser referendado pelo Conselho Diretor da agência.

Conforme nota divulgada hoje, 11, pela agência, o Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz (Gaispi) aprovou o envio ao Conselho Diretor da Anatel de recomendação. Será pedida a prorrogação de 60 dias para o cumprimento do compromisso de ativação de 1 estação radiobase 5G para cada 100 mil habitantes.

Conforme o Edital do Leilão, o prazo para o espectro estar liberado nas capitais e no DF era 30 de junho de 2022. A ativação do sinal, na proporção de uma estação para cada 100 mil habitantes, deveria acontecer até 31 de julho. Tudo será postergado, caso o Conselho Diretor concorde com o pedido.

O atraso, explica a agência, se deve à “impossibilidade de entrega de equipamentos pela indústria, para a realização da mitigação de interferências nas estações satelitais, no prazo original”.

Na reunião realizada hoje, 11, pelo Gaispi, a Entidade Administradora da Faixa de 3,5 GHz (EAF), responsável por operacionalizar a limpeza da faixa, explicou que lockdown na China, a escassez de semicondutores, as limitações do transporte aéreo e a demora no desembaraço aduaneiro trouxeram impactos ao projeto.

FALTAM FILTROS PARA FSS

Segundo o presidente do Gaispi e conselheiro da Anatel, Moisés Moreira, a EAF reportou dificuldade em obter os filtros para as estações de serviços profissionais de satélite (conhecidos por FSS). No Brasil, mais de 1,2 mil estações precisarão receber novas LNBFs e filtros, mas não existem no mercado local produtos suficientes. As indústrias que receberam as encomendas informaram que vão entregar em junho, às vésperas, portanto, do prazo editalício.

“Para trazer mais segurança a todos, e evitar que as compradoras sejam responsabilizadas pela escassez de componentes, propus alterar o prazo para cumprimento da obrigação. Não significa que haverá adiamento. Continuamos com a expectativa de limpeza em junho. Mas achamos por bem prever mais tempo e autorizar a EAF a limpar as cidades conforme os equipamentos forem entregues”, explicou Moreira ao Tele.Síntese.

A proposta que sobe ao Conselho Diretor prevê a possibilidade de antecipação da liberação do uso de faixa em determinadas áreas de prestação, conforme avaliação a ser realizada pela EAF e aprovada pelo Gaispi, mediante comunicação ao colegiado da Anatel.

O edital do Leilão do 5G já previa que os prazos estabelecidos no cronograma poderiam ser alterados em 60 dias, desde que constatadas dificuldades técnicas para a realização de atividades necessárias para a migração da recepção do sinal de televisão aberta e gratuita por meio de antenas parabólicas na Banda C para a Banda Ku ou para a desocupação da faixa de 3.625 MHz a 3.700 MHz por sistemas do Serviço Fixo por Satélite (FSS).

OUTROS PRAZOS NÃO MUDAM

A possiblidade de adiamento já era esperada no mercado de telecomunicações há algum tempo. Embora todos tenham pressa em iniciar a oferta do serviço, o fato é que as regras do edital exigem que o 5G só pode ser instalado depois de feita a “limpeza” da faixa, que hoje é ocupada pelo serviço de TV aberta via satélite, a TVRO.

E, além de as empresas terem que distribuir os kits com antenas e conversores para as famílias do Cadúnico que têm antenas parabólicas, têm também que instalar os filtros nos sistemas profissionais de TV. Esses produtos ainda não foram comprados, como explicou a EAF.

Moreira, o presidente do Gaispi, diz que não há falta de kits Ku (parabólica, LNBF e decodificador), apenas dos equipamentos profissionais. Assim, os planos da EAF para a comunicação da limpeza de espectro e distribuição desses kits deve seguir o cronograma esperado, e começar em junho. Da mesma forma, as emissoras de TVRO podem iniciar a dupla iluminação em banda Ku (além da banda C já em uso) a partir deste mês.

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