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Mercado de entretenimento e mídia deve crescer 2,47% ao ano no Brasil, diz PwC

Mercado de entretenimento e mídia deve crescer 2,47% ao ano no Brasil, diz PwC

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Data: 26/04/2021
Veículo: Poder 360

Setor deve atingir US$ 38 bi em 2021

Consumo digital é o que mais cresce

Pandemia mudou comportamento

BEATRIZ ROSCOE

O mercado de Entretenimento e Mídia deve crescer em uma média de 2,47% ao ano até 2024 no Brasil. O dado faz parte da 21ª Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia da empresa de consultoria e auditoria PwC. O recorte nacional do estudo sobre os gastos dos consumidores e anunciantes do setor no Brasil foi cedido com exclusividade ao Poder360 pela companhia (íntegra – 2 MB).

Na edição anterior do estudo, a expectativa era de crescimento no Brasil de 5,5% ao ano até 2023, mas a pandemia impactou fortemente o setor em 2020. Os segmentos de entretenimento fora de casa –e os anunciantes que dependem deles– sofreram com a pandemia e levarão tempo para se recuperar.

Alguns segmentos não se recuperam. De acordo com o sócio da PwC Brasil Ricardo Queiroz, em alguns casos a pandemia transformou significativamente a forma de consumo de entretenimento e mídia, e alguns segmentos não voltarão a atingir os níveis pré-pandemia. Ele cita o cinema como um deles.

Segundo Queiroz, os cinemas ficaram fechados por determinações de isolamento social e com isso, o consumo de filmes se concentrou nas plataformas de streaming. [As plataformas de streaming] já estavam em tendência de crescimento e o com a pandemia tiveram um boom”, afirmou.

“O impacto dos streamings na vida das pessoas é imenso, ainda mais durante o período da pandemia. Os canais precisaram produzir conteúdo próprio pra se manterem atrativos e a capacidade de influenciar o consumo que esses conteúdos têm é enorme”, declarou. O sócio da PwC citou o fenômeno do boom na venda de jogos de xadrez depois do lançamento da série da Netflix “O Gambito da Rainha” como um exemplo do impacto das plataformas no consumo.

A projeção para 2021 é que o mercado brasileiro de Entretenimento e Mídia chegue a US$ 38 bilhões. O valor é 4,5 bilhões a menos do que o projetado na edição anterior do estudo, porém apresenta uma recuperação em relação a 2020. No ano passado, o mercado teve queda de 6,5% na comparação com 2019, (US$ 36,18 bilhões contra US$ 38,71 bilhões).

Ricardo afirma que as projeções podem ser revistas e atrasos na vacinação do Brasil podem impactar o resultado. “Lembrando que isso são projeções, e dependem do curso da vacinação, do cenário da pandemia. Os dados provavelmente serão revisados”, explica.

Ricardo Queiroz afirma que as mudanças no comportamento causadas pela pandemia provavelmente persistirão nos próximos anos: consumidores tenderão a ficar mais em casa, se envolverão de maneiras diferentes e buscarão expectativas de experiências mais imersivas e interativas. Leia a análise da PwC Brasil sobre tendências em entretenimento e mídia.

“As coisas mudaram de forma definitiva há um caminho sem volta para diversos desses setores”, afirma Ricardo Queiroz. Segundo o estudo, os consumidores incorporaram muitos dos produtos e serviços do setor de entretenimento e mídia em suas rotinas diárias, e os produtos digitais são um destaque.

TENDÊNCIAS DE CONSUMO DE ENTRETENIMENTO E MÍDIA DIGITAL

De acordo com as projeções, os segmentos que mais terão crescimento de gastos dos consumidores serão o de streaming de vídeo (como Netflix, HBO, Disney+, Amazon Prime), os games digitais e o streaming de música (como Spotify e a Apple Music).

“Esses 3 segmentos do nosso estudo já apresentavam crescimento acelerado nas edições anteriores. Com o isolamento provocado pela pandemia, o uso dos serviços se intensificou, assim como o número de novos entrantes. Nossa expectativa é que os gastos dos brasileiros com streamings de música cresçam 13% ao ano até 2024. Games devem crescer 12% ao ano nesse período. A febre pelo consumo de vídeo on-line também continua forte: 15% ao ano”. 

ENTRETENIMENTO E MÍDIA OFFLINE

No consumo tradicional, os segmentos mais impactados serão:

  • home vídeo (aluguel e compra de mídia física) – queda de 2,38% de 2019 a 2024;
  • revistas e jornais impressos – queda de assinantes, da circulação e do valor unitário, o que levará um tombo de 4,3% de 2019 a 2024;
  • games (mídia físicas) – a preferência por jogos on-line levará a uma queda de 6,65%;
  • cinema (bilheteria) – grande impacto durante a pandemia, não se recuperando até 2024, e fechando em queda de 2,55%;
  • música (show ao vivo) – valores profundamente afetados durante a pandemia, mas se recupera mais rapidamente que cinema, acompanhando a liberação para aglomerações, o que ocasionará um crescimento de 1,78%.

IMPACTOS DO 5G

Ricardo Queiroz lembra que a implantação do 5G nos próximos anos também pode influenciar fortemente as projeções para o setor. “Alguns dos modelos de negócio que temos hoje eram impensáveis anos atrás. Da mesma forma, o 5G deve ter grande impacto no setor, será extremamente disruptivo”. 

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