Data: 24/09/2020
Veículo: TeleSíntese
A Anatel ressalta que o encerramento das atividades vai depender das condições climáticas até a próxima semana na cidade do Rio de Janeiro, onde as experiências são feitas por empresas do setor e acompanhadas por técnicos da agência
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) prevê que deverão ser concluídos até a próxima quarta-feira, 30, os testes realizados no Centro de Referência Tecnológica do Grupo Claro, no Rio de Janeiro (RJ), sobre o uso de filtros em antenas parabólicas na recepção de TVRO (TV aberta via satélite) para atenuar interferência causada pelo sinal 5G na faixa de 3,5GHz .
Os testes já foram retomados, após serem suspensos em março por conta da pandemia do novo coronavírus. “A previsão é que até o final deste mês os trabalhos sejam concluídos, se as condições climáticas permitirem. Após a conclusão das medições será elaborado Relatório final com a avaliação da convivência entre 5G e TVRO na banda C”, diz a agência, em nota enviada ao Tele.Síntese.
Para obter confiabilidade das medições, segundo a agência, as primeiras duas semanas de trabalho foram dedicadas a calibrações dos equipamentos e medições preliminares. Na semana passada, foram iniciados os testes de campo com uma das amostras disponibilizadas.
Vídeoconferência
A Anatel destacou que o acompanhamento remoto (por videoconferência) dos testes conta com a participação dos diversos setores interessados: operadoras móveis, operadoras satelitais, radiodifusores, indústria móvel e indústria de recepção satelital.
Para o SindiTelebrasil (Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviços Móvel Celular e Pessoal), a conclusão dos testes é necessária para esclarecer se é possível a convivência dos sistemas de 5G com as transmissões via satélite em banda C, o que irá refletir no valor do leilão da 5G, previsto para o primeiro semestre de 2021.
Já a Abratel (Associação Brasileira de Rádio e Televisão) considera que a única alternativa viável e duradoura é a migração da TV para a banda Ku, ao custo estimado em R$ 2,7 bilhões, para atender 11,2 milhões de domicílios habitados por usuários cadastrados no CadÚnico, que reúne os beneficiários dos programas sociais do governo federal.