Live mediada pelo deputado Vinicius Carvalho reuniu representantes da Abratel, Anatel e Claro para falar sobre os desafios da nova tecnologia
Na segunda-feira (22), a Abratel participou do encontro on-line mediado pelo deputado Vinicius Carvalho (REPUBLICANOS/SP), em suas redes sociais, para discutir os prós e contras da rede 5G no Brasil. O presidente da Abratel, Márcio Novaes, participou do bate-papo que contou, ainda, com a presença do presidente da Anatel, Leonardo Euler, e do Vice-Presidente de Relações Institucionais da Claro, Fabio Andrade.
O deputado, especialista em defesa do consumidor, agradeceu a presença dos participantes e enalteceu a importância do encontro. “É essencial debater o tema da implantação do 5G no Brasil e analisar efetivamente os prós e os contras da tecnologia, priorizando o consumidor como a parte mais sensível e interessada nesse processo”, pontuou Carvalho.
O presidente da Anatel, Leonardo Euler, falou sobre os desafios para a implementação do 5G no Brasil e a questão envolvendo o leilão do 5G e a radiodifusão: a interferência nas antenas parabólicas. “Hoje nós temos uma particularidade no Brasil que traz um desafio adicional para que consigamos leiloar a faixa de 3,5 GHz, que é a principal porta de entrada do 5G”, afirmou.
Euler pontuou que já existe uma política pública que foi colocada considerando a importância que tem a TV aberta e gratuita para todos os brasileiros. “A política pública foi estabelecida para que a equação do 5G fique condicionada a garantia de que o sinal da quinta geração coexista com esse sistema das parabólicas”, ratificou o presidente da Anatel.
Marcio Novaes, presidente da Abratel, destacou que o uso das antenas parabólicas existe há mais de 30 anos no Brasil e informou que o maior número de antenas se concentra nas cidades. “Estamos falando de um universo de 30% da população brasileira, por isso a relevância de uma política pública. É um número bastante significativo, que precisa ser amplamente debatido. É um direito da população brasileira acessar gratuitamente os serviços de radiodifusão”, declarou.
Segundo Novaes, o setor de Radiodifusão está ansioso com a entrada do 5G. “Para nós a tecnologia traz grandes perspectivas, porque teremos a possibilidade de novos negócios, novas possibilidades de acessos e de levar conteúdo. Nós apoiamos e temos a melhor boa vontade de contribuir para que o Brasil possa implantar o 5G”, disse.
Já Fábio Andrade, vice-Presidente de Relações Institucionais da Claro, disse que o leilão é de extrema importância para o Brasil, mas revelou ter algumas preocupações, como a questão da interferência das parabólicas. “Acho que precisa ser mais testado”, avaliou.
Migração para a banda Ku
O presidente da Abratel defendeu, ainda, que a implementação da tecnologia assegure à população que faz uso da parabólica o acesso gratuito a esse serviço e defendeu a migração da TVRO para a Banda Ku.
A grande discussão está entorno da interferência que o 5G causa nas antenas parabólicas. E isso pode afetar o universo de 21,5 milhões de domicílios, segundo levantamento do PNAD.
“Essa é uma discussão bastante longa e talvez até acalorada, mas é a posição que a radiodifusão defende. Diversos estudos justificam que a migração para a banda Ku que daria ao Governo a limpeza da faixa até 4.2 GHz – o que possibilitaria não só realizar por agora o leilão do 5G, mas, no futuro próximo, realizar um novo leilão sem qualquer ocupação da faixa”, afirmou Novaes.
“Temos que tentar encontrar um denominador comum, defendendo todos os interesses, mas tendo sempre como foco a população brasileira e, principalmente, a menos assistida. Essa tem sido a nossa matriz de pensamento”, concluiu o presidente da Associação.
Assessoria de Comunicação da Abratel
Por Amanda Salviano