O secretário de Telecomunicações, Maximiliano Martinhão, afirmou hoje, 17, que o governo trabalha com a premissa de que o acesso à internet banda larga é o serviço relevante que deve ser objeto de política pública. Ele ressalvou, no entanto, que o governo ainda não bateu o martelo que irá subsidiar esta premissa. Ele preferencialmente prefere se voltar para a banda larga fixa, pois ele entende que esta é a maior carência do país. “A banda larga móvel cresce com as forças de mercado, mas o Brasil se ressente de fibra óptica”, afirmou.
Outra premissa com que o governo está trabalhando é que a nova política para o serviço relevante terá que criar mecanismos para a oferta do serviço em áreas não atraentes. Afirmou ainda que o governo não abre mão da transparência e segurança jurídica para os bens reversíveis das atuais concessões de telefonia fixa. “O modelo a ser construido deve ser atraente para o setor privado, sem perder o foco na defesa do interesse de toda a sociedade”, concluiu.
Visão do Mercado Financeiro
Segundo Maurício Fernandes, da Merril Lynch, a visão do mercado financeiro sobre a perspectiva da geração de caixa das empresas de telecom tem piorado, porque há um “baixíssimo crescimento no setor”, completa. No Brasil, afirmou, a situação é ainda pior, tendo em vista a maior competição e os altos impostos. “O crescimento de receita nominal das operadoras no Brasil é de de 2 a 3 por cento ao ano. O setor cresce menos do que a inflação”, assinala.
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