A única maneira de a TV ficar viva nos próximos anos é entendendo a revolução das telas. Este “ensinamento” é conhecido para quem trabalha na Band, emissora que neste ano deu mais um passo no investimento em segunda tela com o lançamento de aplicativo que transmite toda a grade de programação em tempo real. O desafio para o canal, agora, está relacionado a adequação do conteúdo.
Ao participar do Congresso da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), na quarta-feira, 6, o diretor da Band, Fernando Sugueno (foto/Nathália Carvalho), afirmou que a adaptação tem que ser estudada. “Precisa trabalhar mais neste ponto. Não se pode entregar produções da primeira tela na segunda. Tem de customizar ou você não terá audiência”.
O executivo, que cuida da área de programação do canal, participou do painel “Conteúdo em todas as telas, a qualquer hora” junto de outros profissionais do mercado. Sugueno contou ao público que a cada ano a Band estuda como será o futuro da segunda e terceira tela. Por ora, eles já conseguiram descobrir alguns pontos. “É certo que as coisas vão caminhar juntas. A tendência é que os negócios comecem a se abrir com o aumento da banda e em função do conteúdo”.
De acordo com ele, é importante testar os limites do que está sendo distribuído pela emissora. “Qual limite entre a primeira e a segunda tela? É preciso ter claro até onde o conteúdo pode ir em cada plataforma e o momento exato de migração de uma para a outra”. A título de exemplo, Sugueno falou sobre jornalismo e esporte, que precisa ter audiência real time e, assim, está prioritariamente na primeira tela. Filmes e séries podem ser incluídos no conteúdo oferecido sob demanda.
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Nathália Carvalho