Para evitar complicações, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou o chamado “regulamento de interferência”, um documento que estabelece as condições técnicas para a convivência dos dois serviços.
O Tribunal de Contas da União (TCU) está analisando as estimativas de valores propostos pela agência e, quando abrir o regulamento para consulta pública, deve divulgar os custos para solucionar eventuais interferências causadas pelo 4G. Serão as empresas vencedoras do leilão as responsáveis por financiar a compra dos equipamentos necessários. O governo garante que será criada uma entidade para reunir as empresas responsáveis.
A solução usada por outros países para impedir interferências é a instalação de filtros nos aparelhos, antenas e estações de transmissão de celular.
No Brasil, ainda não foi definido como isso será feito. Para decidir como funcionarão os filtros, o governo afirma que é preciso fazer mais testes.
Mesmo com o uso de equipamentos para evitar o problema, representantes da indústria de telecomunicações afirmam que nenhum serviço tem garantia de funcionamento pleno.
– A interferência é algo que existe em qualquer serviço que utilize radiofrequência. Ela está no ar: não estamos vendo, mas acontece o tempo todo. O que se tem de fazer é operar em condições tais que as técnicas possam ser aplicadas para resolver esses problemas – afirma o diretor de relações governamentais da Qualcomm, Francisco Giacomini Soares.
Para a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), o leilão só deveria ser realizado depois da conclusão de todos os testes de convivência entre os serviços.
Zero Hora