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Jornalismo vive nova “era Gutenberg”?

Jornalismo vive nova “era Gutenberg”?

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O que é jornalismo cultural? Quais são os rumos na era digital? Esses foram os temas abordados em “As perspectivas do Jornalismo Cultural”, palestra comandada pelo jornalista e professor Rinaldo Gama. Realizado nesta semana, o encontro, voltado aos estudantes de jornalismo, foi sediado na Faculdade Paulus de Comunicação (Fapcom).

Com experiência em periódicos como Folha e Estadão, Gama, que é coordenador da pós em Jornalismo Cultural na Faap e recentemente participou da edição especial de 45 anos da revista Veja, falou sobre os conceitos e definições de jornalismo cultural e os desafios na era digital.

Para o docente, o jornalismo do século XXI vivencia uma “nova era Gutenberg”. “Estamos em uma fase de transição de plataformas, assim como [Johannes] Gutenberg criou as imprensas móveis”. Gama ressalta que com a web os profissionais estão cada vez mais polivalentes e os leitores têm participação ativa nas reportagens. “A vida digital juntou vários profissionais em um só nas redações e a web permite a cada um exercer o seu senso crítico. Isso nos impõe uma maior responsabilidade”.

Apesar da crise que afeta as redações, Gama afirma que em um mundo com muitos jornalistas e críticos, os profissionais que trabalham em veículos tradicionais continuarão com credibilidade. “Nada como alguém com credibilidade em um grande veículo para fazer a crítica. Isso é insubstituível”.

Desafios
Gama avalia que um dos maiores desafios da cobertura cultural é optar pelas pautas que estão na mídia ou ir para um contexto mais reflexivo. O jornalista também comentou a relação das redações com as agências de comunicação. “O risco de hoje é ser o ‘microfone’ das assessorias de imprensa. Não devemos estar sujeitos a vontade delas, pois isso traz uma série de complicações da natureza ética”.

O professor diz que, para se ter ética dentro de um caderno de cultura, as matérias devem ser leves e não privilegiar nenhum tipo de público. “O grande erro de alguns veículos é se tornarem específicos demais, isso afasta o público. Não devemos privilegiar nem o leitor comum, nem o especializado”.

Ainda sobre os desafios da editoria, Gama comenta que, para a disciplina de Jornalismo Cultural nas grades curriculares das graduações pelo país, os estudantes precisam de ampla capacidade de reflexão.

Definições
De acordo com o acadêmico, a expressão jornalismo cultural é redundância, pois tudo o que está relacionado à produção jornalística faz parte da cultura pois há grande complexidade. “Contribuímos para a realidade social, pois a cada dia contamos novas histórias. Não há como separar”.

Segundo Gama, mesmo com o forte crescimento da indústria do entretenimento em portais noticiosos, os profissionais têm um mercado que lida diretamente com diversos temas culturais. “Hoje existem culturas híbridas. O futuro do jornalismo com isso é acentuar a sua característica com profissionais competentes trabalhando em diversas plataformas”.

Escrito por Kelly Mantovani, Correspondente Universitário’, do Comunique-se.

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