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Oi vai migrar antes da decisão final da arbitragem com a Anatel

Oi vai migrar antes da decisão final da arbitragem com a Anatel

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Data:12/11/2021
Veículo: Convergência Digital

Na teleconferência de resultados do terceiro trimestre da Oi nesta quinta-feira, 11/11, o CEO da operadora, Rodrigo Abreu, fez questão de tranquilizar ao mercado sobre o cumprimento dos planos desenhados. O trimestre foi impactado pelo desempenho do segmento corporativo – em queda e com contratos renegociados com clientes por conta da crise econômica – e das tecnologias legadas, mesmo com a boa performance da fibra ótica tanto no residencial quanto no B2B.

Abreu ressaltou as tecnologias legadas são um custo. Lembrou que a Oi já desligou mais de 450 sistemas de TI, mas ainda têm muito por fazer por conta do legado. “Desconectar a rede legada não será apenas desligar. Ainda teremos custos por um a dois anos”, observou o executivo. Rodrigo Abreu acredita que será possível fazer a migração de concessão para autorização até o final de 2022, mesmo que o ‘processo não esteja ultrarrápido’.

Segundo ele, como os processos de arbitragens andaram, há uma boa expectativa que a migração possa acontecer ainda em 2022. “A arbitragem certamente não termina em 2022, mas como é um tema muito importante, as empresas, não só a Oi, precisam analisar e preparar seus planos. E ainda vamos ter a participação do TCU. Então, ter a migração até o final do ano que vem é aceitável”. frisou. Atualmente, a Anatel aguarda o levantamento de consultorias independentes, contratadas pela UIT, para confirmar os valores que as concessionárias deverão pagar para mudar o regime jurídico de suas operações de telefonia fixa.

Com relação à arbitragem, Abreu foi taxativo. “A Arbitragem depende de muitas diligências. O que estamos vendo é que ajudará a gente a migrar sem custo, e ainda haverá um excedente para nós lidarmos com cobranças junto ao governo federal. Serão alguns bilhões. Arbitragens desse tamanho não são curtas, levam pelo menos de 18 a 24 meses, mas todos os passos necessários foram dados sem atrasos”, sustentou.

O presidente da Oi buscou ser otimista ao apresentar os resultados do trimestre, prejudicado pelo B2B e pelas tecnologias legadas. Abreu lembrou que o negócio de fibra- a espinha dorsal da nova Oi, que virá depois da recuperação judicial e da conclusão da venda da InfraCo e da Oi Móvel – está indo muito além do esperado. A Oi chegou a 14 milhões de casas passadas e a 3,2 milhões de casas conectadas, sendo 326 mil apenas no último trimestre. “É um desempenho muito significativo. A fibra já deixou o cobre para trás e houve um aumento da receita”, ressaltou. Já a V.tal, reforçou ainda Abreu, fechou 340 contratos de atacado e de rede neutra, o que mostra o acerto do negócio. “O 5G exige muita fibra e teremos um grande mercado pela frente”, disse.

Números

No terceiro trimestre, a receita líquida da Oi no terceiro trimestre foi de R$ 4,520 bilhões, uma queda de 3,9% no comparativo anual. O acumulado dos nove meses também mostrou redução: 4,5%, totalizando R$ 13,362 bilhões. Houve um impacto do B2, com um recuo de 9,3% no trimestre, totalizando R$ 869 milhões. Em nove meses, a receita foi de R$ 2,630 bilhões, queda de 12,3%. Segundo a Oi, ainda há impacto da pandemia e da “instabilidade do cenário econômico no País”, além de renegociações de contratos com “algumas empresas e governos” que levou a redução de preços.

O cobre, mesmo não representando mais a maior parte da receita, segue impactando no resultado. O cobre mostrou recuo de 36,6%, totalizando R$ 583 milhões no período de julho a setembro. Considerando desde janeiro, a queda foi de 34,7%, total de R$ 1,987 bilhão. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) da Oi no trimestre foi de R$ 1,398 bilhão, queda de 5,9%.

No acumulado do ano, contudo, há aumento de 6,2%, total de R$ 5,037 bilhões. A margem EBITDA caiu 0,6 ponto percentual, ficando em 30,9% no trimestre. No total de 2021, houve avanço de 3,8 p.p., encerrando o período de nove meses com 37,7%. No final de setembro, a Oi havia investido R$ 1,825 bilhão no trimestre (queda de 9,6%) e R$ 5,584 bilhões nos nove meses (variação de 0,2%). Do total, R$ 1,302 bilhão foram para a fibra (queda de 6,3%) no trimestre, com total de R$ 3,946 bilhões no acumulado (avanço de 10,1%).

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