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Streaming já é maior que TV aberta nos EUA e números também crescem no Brasil

Streaming já é maior que TV aberta nos EUA e números também crescem no Brasil

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Data: 29/8/2022
Veículo: Biznews

De acordo com dados da consultoria Nielsen, série Stranger Things, na Netflix, foi o principal motivo para esse aumento

O consumo pelo conteúdo no streaming passou o da TV aberta nos Estados Unidos durante o mês de julho. Os dados são de um relatório divulgado pela consultoria Nielsen, e motivo deste aumento teve principalmente a ver com o lançamento de mais uma temporada da série Stranger Things, pela Netflix.

De acordo com os números, 34,8% dos cidadãos americanos utilizaram as plataformas de streaming, com 191 bilhões de minutos consumidos. Isso é 22,6% maior se comparado com julho de 2021. Neste mesmo período de julho deste ano, a TV a cabo registrou 34,4% de participação, enquanto a TV aberta ficou com 21,6%.

“Acho que a principal mudança que tem em curso é a da forma técnica da distribuição de informação. Antes se enviava por cabo e por satélite, hoje nós já enviamos por dados, e esses três sistemas possuem formas regulatórias que influenciam nos modelos de negócio.

Quanto mais vamos para os dados, menos teremos interferência nos estados, já que na internet nós temos uma liberdade maior, uma neutralidade da rede entre países que facilita muita coisa para que se tenha a dominância de players globais ao invés de players nacionais”, analisa Bruno Maia, CEO da Feel The Match e especialista em inovação e novas tecnologias do esporte e entretenimento.

A Nielsen também divulgou que aproximadamente 11 bilhões de minutos de visualizações vieram da Netflix por meio das séries Virgin River e The Umbrella Academy. Por parte da Amazon Prime Video, The Terminal List e The Boys proporcionaram algo em torno de oito bilhões combinados. “É definitivamente o fim da TV linear nos próximos cinco ou dez anos. No futuro, o streaming estará funcionando em todos os lugares”, disse Reed Hastings, fundador e co-CEO da Netflix.

Nesta esteira da expansão dos serviços por streaming, o YouTube também se destacou e apareceu com 7,3% de market share, ficando atrás somente da Netflix, com 8%. Hulu, Disney + e HBO Max também aparecem na relação de plataformas que cresceram durante o mês de julho.

“A primeira chave de mudança está na forma de distribuição. Em um primeiro momento a distribuição digital focou no conteúdo on demand, na forma de que podemos ver o que quisermos na hora que quisermos, mas também é natural que conforme mais pessoas venham e a transmissão por dados se torne massificada, isso seduza muito a publicidade e gere uma questão financeira para que cada vez mais as plataformas que se diziam sem publicidade acabem se abrindo e cedendo espaço para essa modelagem, e com isso acabe repetindo um pouco no streaming o que aconteceu com a TV a cabo”, diz Bruno Maia.

“De qualquer forma é uma relação diferente, deve continuar existindo uma predominância de conteúdos on demand na programação não linear do streaming, que é o que cria maior dificuldade mas também maior oportunidade para quem trabalha desenvolvendo esse formato da publicidade”, complementa o executivo da Feel The Match, empresa que produz as séries do ge.globo ‘Nos Armários dos Vestiários’, considerada um sucesso mundial sobre a homofobia e preconceito no esporte, e o ‘É Campeão’, com depoimentos e bastidores de conquistas históricas de grandes clubes brasileiros, além da série ‘Romário, o Cara’, que deve ser lançada nos próximos meses pela HBO+.

No Brasil, de acordo com dados da Kantar Media, 22% dos brasileiros consomem serviços de streaming. Os números podem parecem baixos, mas entre as plataformas online, fica atrás apenas da Globo. De acordo com especialistas, outra observação importante deve contribuir para um crescimento a curto prazo: a chegada do 5G no Brasil.

“Essa curva do consumo do streaming deve continuar aumentando. Especialmente aqui no Brasil, nós temos algumas novidades importantes como a chegada do 5G, que deve amplificar o acesso, a velocidade e cada vez mais o consumo de informação através do que recebemos via dados, ao invés do que recebemos via antena de TV ou via cabo.

Isso não afeta somente as plataformas de streaming como Amazon, Netflix, HBO, etc, mas também todos os consumos de vídeo não lineares, como YouTube, as plataformas de áudio.

Além de séries e filmes, o aumento do número de plataformas e de serviços com conteúdos esportivos tem contribuído para isso. Se até outros tempos o telespectador tinha a disponibilidade apenas dos canais fechados, basicamente com SporTV e ESPN, e posteriormente o surgimento da FOX Sports e do Esporte Interativo, hoje o leque é bem maior. São ao menos sete canais que se dividem entre programações distintas e jogos exclusivos: Premiere Futebol Clube/Globoplay, DAZN, STAR+, HBO Max, EI Plus, Conmebol TV e NSports.

“Comparando o perfil da audiência das nossas transmissões esportivas ao vivo no streaming e na TV a cabo, é possível perceber que, apesar de existir uma interesecção, o público do digital é mais jovem, mais conectado e early adopter de novas tecnologias”, diz Guilherme Figueiredo, CEO da NSports.

Com isso, é natural que com o passar do tempo essa migração também ocorra no Brasil, especialmente após a intensificação da digitalização durante a pandemia”, complementa o executivo da empresa que possui 18 canais dos mais variados esportes e conta com oito confederações desportivas, cinco federações e associações, quatro ligas e três clubes do futebol nacional, entre elas uma parceria com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Fonte: Exame

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