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TV paga: “Gatonet” migra para o serviço DTH de satélite

TV paga: “Gatonet” migra para o serviço DTH de satélite

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Os provedores de serviços de TV por Assinatura estão preocupados com o aumento do índice de roubo de sinal da transmissão por satélite no país. “A sofisticação desse roubo é crescente”, diz o presidente-executivo da ABTA, Oscar Vicente Simões de Oliveira. Segundo o executivo, que nesta terça-feira, 29/07, participou de coletiva de imprensa para divulgar a realização da 22ª edição da Feira e Congresso ABTA, em São Paulo, de 05 a 07 de agosto, “as técnicas utilizadas são cada vez mais sofisticadas e o romantismo do gatonet, que era o cidadão mais pobre roubando o cabo para ter o sinal em casa, morreu”. 

Oliveira não quis adiantar números – disse apenas que durante o evento será divulgada uma pesquisa detalhando o impacto da ação dos criminosos no roubo de sinal. “Posso garantir que é bastante preocupante a atual situação e é preciso que ações sejam tomadas. São quadrilhas altamente especializadas e com conhecimento de tecnologia”, acrescentou. 

O serviço DTH, operado pelas teles, detém, hoje, 62% do mercado de assinantes, que fechou maio, com 18 milhões. Expectativa é que 2014 feche com 20 milhões de assinantes, com o crescimento fortemente baseado na classe C que, hoje, já soma 10 milhões dos cerca de 30 milhões de domícilios com o serviço no país. Nas classes A e B, o serviço de TV paga está praticamente consolidado, respectivamente, 87% e 65%. Na classe C esse percentual ainda é de 34%. Em 2012, era de 31%. 

OTTs e TV digital aberta 

Outra questão relevante para o setor de TV paga é o desligamento do sinal analógico. Indagado sobre o impacto da campanha, liderada especialmente pela TV Globo, pelo maior consumo da TV aberta pelo sinal do SBTVD, a TV digital terrestre, o presidente da ABTA foi bastante cauteloso, mas disse que, no momento, ainda não percebe grandes impactos. 

“Sabemos que haverá uma disputa mais à frente, especialmente, em mercados ainda não atendidos. Mas acho que haverá espaço para todos os segmentos. Sabemos que há 70% de um mercado a ser conquistado”, sustentou. O impacto dos OTTs – que no ano passado foram duramente criticados na ABTA por conta de estarem fora do arcabouço regulatório e tributário do país – não causou estrago ainda. 

“Não vimos a Netflix causando problemas. Acho até que, hoje, ela é complementar ao serviço de TV por assinatura e de banda larga. Os OTTs não funcionam bem onde não há banda larga”, frisou Oscar Oliveira. Mas o executivo manteve a posição do segmento. “Sabemos que é muito complexo impor regras aos fornecedores estrangeiros, mas ainda queremos a isonomia. Não é justo termos de cumprir a Lei 12485 (Que mudou o modelo da TV paga), e os OTTs não terem qualquer obrigação. Ainda aguardamos uma posição mais concreta do governo”, acrescentou. 

O presidente da ABTA destacou a rápida transformação do mercado de TV paga. O número de canais em HD disponíveis passou de 31, em 2012, para 64, em 2013. “E durante a Copa houve testes em 4K, até 8K,” lembrou. Pesquisa da entidade mostrou ainda que os preços praticados no setor no país são competitivos. 

Em um ranking com os 49 países mais ricos do planeta, o Brasil figura como 19º com planos básicos de TV mais baratos. O ranking foi elaborado pela Fipe, a pedido da ABTA, e leva em conta o poder de comprar da moeda. O estudo mostra, por exemplo, que o preço médio do canal pago adicional custa 21 centavos de dólar, abaixo do valor médio mundial -0,808. 

Ao ser indagado pelo portal Convergência Digital, sobre quando o consumidor brasileiro teria acesso a um pacote- pagando apenas pelos canais que efetivamente assiste – o presidente da ABTA foi sincero. “Não sabemos. A flexibilização começa a acontecer. Mas essa é uma demanda mundial ainda sem resposta. A restrição tecnológica está sendo superada, mas há os custos de programação, de produção”, completou. 

Convergência Digital
Ana Paula Lobo

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