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Como a Internet das Coisas pode afetar a vida das pessoas

Como a Internet das Coisas pode afetar a vida das pessoas

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Na década de 1960, os criadores do desenho animado Jetsons fizeram sucesso ao vislumbrar o cotidiano de uma família futurista que convivia com automação, carros voadores e muitos utensílios domésticos inteligentes.

Anos depois, no final da década de 1980, o filme “De Volta para o Futuro 2” também mexeu com o imaginário das pessoas ao trazer para a tela do cinema inovações inimagináveis para aquela época, como vídeo-chamadas, câmeras ultrafinas e óculos que exibiam clipes musicais.

Algumas décadas depois, esses enredos, antes frutos da imaginação, começam a se concretizar em nosso cotidiano, graças a mentes tecnológicas que vêm trabalhando no conceito de Internet of Things (IoT) ou Internet das Coisas, que promete ser a grande revolução tecnológica deste século.

Por meio da IoT, a internet deixa de conectar apenas as pessoas e passa a conectar as coisas que nos rodeiam e ligá-las entre si, permitindo uma infinidade de usos e possibilidades. “É o que os estudiosos vêm chamando de quarta grande onda. A primeira foi o e-mail, seguido da web, os mobiles e, agora, a Internet das Coisas”, explica o analista de infraestrutura do Ministério das Comunicações, Guilherme Corrêa.

Coisas Inteligentes

Imagine ter uma geladeira capaz de detectar que há alimentos em falta no seu interior e informar isso por mensagem para o dono da casa. Ou uma cama que aciona o ar-condicionado para deixar a temperatura do ambiente ideal para um sono tranquilo.

Que tal uma lixeira de rua que avisa ao gari que está cheia e pronta para ter seu conteúdo recolhido? Melhor: carros que se comunicam entre si para informar as condições de tráfego e ajudam as autoridades a gerir o trânsito.

A inteligência desses dispositivos advém de sensores e chips embutidos neles e que geram dados sobre os nossos hábitos, preferências, rotina, explica o analista do ministério. E é esse trabalho de “interpretação” (que envolve muitos fundamentos matemáticos e estatísticos) uma das chaves para o sucesso e para o pleno desenvolvimento desse conceito.

Com a gestão sistêmica desses dados, a tendência é que tenhamos um mundo de coisas cada vez mais conectadas. São muitas possibilidades, em muitos campos. Muito mais do que ousamos pensar hoje.

O Princípio das Coisas

Tudo começou em 1991, quando Mark Weiser criou o conceito de comunicação ubíqua, que se baseava na ideia de que computadores estariam espalhados por aí para dar suporte às nossas tarefas cotidianas. Quanto menos perceptível essa interação fosse, melhor seria o desempenho dessa tecnologia.

Em menos de três décadas, o cenário vislumbrado por Weiser ganha contornos de realidade cada vez mais fortes. Uma pesquisa encomendada pela Cisco e divulgada pela Tata Consultancy Services (TCS) mostrou que em 2010 já existiam 12,5 bilhões de coisas conectadas. A previsão é que daqui a cinco anos serão 50 bilhões de objetos ligados à internet.

Ainda segundo o levantamento, as empresas brasileiras devem investir US$ 79 milhões – o equivalente a R$ 237 milhões – em Internet das Coisas em 2015.

Popularização

O barateamento de processadores, a popularização da programação e o desenvolvimento de sensores e chips cada vez mais portáteis que surgem com a nanotecnologia (que desenvolve materiais e componentes em dimensões microscópicas) são decisivos para o crescimento da Internet das Coisas.

A adesão massiva a este tipo tecnologia também depende do aprimoramento das infraestruturas de redes e do armazenamento em nuvem para dar conta do grande volume de dados que será gerado com a conexão dos objetos.

Além disso, o avanço nas comunicações máquina a máquina (“M2M”, em inglês), com hardwares cada vez mais capazes de se comunicar entre si sem intervenção humana, é fundamental para o avanço da Internet das Coisas. São dois conceitos semelhantes, ainda que o M2M seja mais circunscrito.

Um exemplo bem conhecido de comunicação máquina a máquina é o monitoramento de semáforos, que regula o tempo de verde ou vermelho a partir do fluxo de trânsito. Sistemas de vigilância que conseguem acionar alarmes remotamente ou aparelhos capazes de iniciarem uma irrigação a partir de sensores que indicam o nível de umidade do solo também ilustram a vasta aplicação deste conceito.

Desafios nada virtuais

Atualmente, vivemos um momento de discussão de padrões decisivos para a massificação de objetos conectados.  As grandes empresas estão definindo a interoperabilidade dos sistemas. “São protocolos comuns a todos os objetos que permitirão que eles troquem informações”, explica Thales Marçal, gerente de projetos do Departamento de Indústria, Ciência e Tecnologia do Ministério das Comunicações.

Uma revolução desse porte exige discussões aprofundadas. Ciente disso, o Governo Federal criou, em 2014, a Câmara de Gestão M2M (Máquina a Máquina) e Internet das Coisas, que agrupa representantes do governo, da iniciativa privada (indústria e serviços), de universidades e instituições de pesquisas.

Desde então, reuniões vêm sendo realizadas periodicamente para discutir qual a visão destes segmentos sobre o tema, identificando dificuldades e oportunidades de crescimento. A expectativa é que, até o fim deste ano, seja lançado o Plano Nacional de M2M e Internet das Coisas. A ideia é preparar o país para essa grande transformação que já está em curso, beneficiando diversos setores da economia nacional, como a agricultura, a indústria automotiva, a saúde e a educação.

O plano trará diretrizes que são fundamentais para o desenvolvimento de uma política pública específica para o setor. A estratégia deve dar suporte a diversos pontos importantes para o setor de IoT, como aspectos de segurança, privacidade, questões tributárias, importação de componentes, capacitação de recursos humanos e infraestrutura.

Além disso, ele vai unificar ações que já vêm sendo executadas de maneira isolada, como a redução do FISTEL no caso das comunicações máquina a máquina. “O plano funcionará como um arcabouço legal, com informações gerais que poderão gerar ações específicas, como aconteceu com o Plano Nacional de Banda Larga”, diz José Gontijo, diretor do departamento de Indústria, Ciência e Tecnologia do Ministério das Comunicações.

MiniCom

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