O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 15.101/25, que institui o dia 25 de setembro como o Dia Nacional do Rádio. A norma foi publicada no DOU de terça-feira (14).
A escolha da data homenageia Edgar Roquette-Pinto, considerado o “pai da radiodifusão no Brasil”, que nasceu em 25 de setembro. Em 1923, ele fundou a primeira emissora brasileira, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, atual Rádio MEC.
A lei é oriunda do Projeto de Lei 2469/22, apresentado pelo Poder Executivo. A proposta foi aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado em 2024.
O relator do projeto na Comissão de Cultura da Câmara, deputado Marcelo Crivella (Republicanos/RJ), destacou a importância histórica do rádio: “O rádio desempenhou um papel fundamental na disseminação de informações, entretenimento e cultura ao longo das décadas. Instituir um Dia Nacional do Rádio permitirá que as gerações atuais e futuras reconheçam e celebrem sua contribuição para a história e a cultura do País”.
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, também celebrou a sanção da lei: “Ter um dia dedicado ao rádio é reconhecer sua relevância histórica e seu papel indispensável na sociedade. O rádio é um meio democrático, que leva informações confiáveis, educa e entretém, conectando pessoas nos cantos mais remotos do país e sendo fundamental para a formação cultural e social do nosso povo”.
História do rádio
O rádio chegou ao Brasil nos anos 1920, inicialmente como um meio de comunicação experimental. A primeira transmissão radiofônica no país ocorreu em 7 de setembro de 1922, durante as comemorações do centenário da Independência do Brasil.
A primeira emissora oficial foi a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada em 1923 por Roquette-Pinto.
Ele era médico, antropólogo e professor, e via o rádio como um instrumento de educação e cultura, promovendo conteúdos voltados para a formação do público.
O rádio se consolidou como meio de comunicação na década de 1950, conhecida como a “Era de Ouro”, quando as emissoras passaram a exibir programas de música, jornalismo, novelas, humor e de auditório, conquistando milhões de ouvintes.
A partir dos anos 1970, o rádio passou por transformações com a chegada da FM, oferecendo melhor qualidade de som e programação segmentada.