A Eletros encaminhou um ofício à Anatel no qual alerta para a possibilidade de interferência nos dois modelos de receptores com o Ginga embarcado (perfis A e C), que serão utilizados na TV Digital Brasileira. O governo estuda o uso dos receptores instalados nas tvs, como quer a indústria (perfil A), mas também optou por uma solução mais barata, que seria o set-top-box com a mesmo midleware embarcado, para distribuição aos cadastrados do Bolsa Família (perfil C).
“Destaca-se que a coexistência dentro de uma mesma região, de receptores com o Ginga Perfil A e os receptores com Ginga Perfil C poderá ocasionar situações de risco para os receptores com Ginga Perfil A, visto que não foram executados os procedimentos de teste necessários a garantir a harmoniosa ‘convivência” entre os receptores com diferentes perfis de Ginga”, informa a Eletros, em ofício datado do dia 14 de julho, endereçado ao presidente da Anatel, João Rezende.
A indústria insiste que a inexistência de testes que assegurem a perfeita convivência dos dois modelos, em determinada região, poderia ferir os direitos dos consumidores. “Afinal, o indivíduo que recentemente adquiriu uma televisão digital produzida no Brasil com Ginga embarcado (perfil A) e, totalmente de acordo com o Processo Produtivo Básico (PPB) estabelecido para o citado produto, não pode ser prejudicado no seu direito de desfrutar o mesmo”, alegou a Eletros.
A entidade garante que a proteção dos direitos dos consumidores tem sido a sua única preocupação no debate sobre o uso de dois modelos de receptores com o Ginga embarcado, na TV Digital Brasileira, analisado pelo Grupo de Implantação do Processo de Redistribuição de Canais de TV e RTV – Gired.
A Eletros encerra seu ofício à Anatel solicitando que sejam feitos “streaming” de testes no parque de televisores em uso”, antes da implantação do Ginga Perfil C (set-top-boxes) pelas empresas de radiodifusão.
Convergência Digital