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Instituto Alana aponta aumento da exposição de crianças à publicidade na TV paga

Instituto Alana aponta aumento da exposição de crianças à publicidade na TV paga

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Data: 09/07/2021
Veículo: Tela Viva

Um levantamento feito pelo programa Criança e Consumo, do Instituto Alana, destacou um aumento da exposição de crianças à publicidade infantil nos canais de TV por assinatura no segundo semestre de 2020. Realizado de janeiro a dezembro, em quatro canais infantis (Cartoon Network, Discovery Kids, Gloob e Nickelodeon), o monitoramento mostrou que, só em setembro, houve um aumento médio de 282% na publicidade infantil, em relação à média dos oito meses anteriores, o que corresponde a um anúncio a cada quatro minutos de programação.

O estudo também revelou um crescimento inédito de publicidade infantil de “mídias digitais do canal” (32,3%), cerca de quatro vezes a mais, quando comparado ao ano anterior. O aumento dessa categoria pode estar relacionado tanto à própria mudança nos padrões de consumo de produtos de entretenimento (evidenciando uma relação cada vez mais estreita entre televisão e internet) quanto à pandemia da Covid-19 e o consequente maior uso de telas. As mídias digitais do canal se referem a diferentes formatos de mensagens publicitárias que promovem páginas da internet, perfis de redes sociais, aplicativos, jogos e demais conteúdos online do próprio canal em que o anúncio está sendo veiculado.

O monitoramento apontou que, em dezembro de 2020, foi veiculado um anúncio a cada três minutos de programação, sendo o setor de brinquedos o principal responsável por essa alta tão expressiva no mês em que se comemora o Natal. Segundo o monitoramento, esse é o setor que mais anuncia para crianças, respondendo por 49,5% dos anúncios direcionados ao público infantil no período monitorado.

Esse é o segundo ano consecutivo em que estudo dessa natureza é realizado pelo Instituto Alana. Em 2019, o monitoramento apontou um pico de crescimento de publicidade infantil em outubro, mês em que se celebra o Dia das Crianças. Em contrapartida, em 2020, esse aumento ocorreu mais cedo, em setembro, o que parece refletir uma estratégia anunciada pelo próprio mercado de brinquedos de incentivar a antecipação das compras, evitando aglomeração nas lojas para as tradicionais compras de última hora.

“Com esse monitoramento esperamos contribuir para uma ampla reflexão sobre o caráter injusto e antiético de se explorar crianças comercialmente, e sobre o quão urgente é a efetiva mudança de postura das empresas anunciantes e emissoras de TV no sentido de pararem de praticar publicidade infantil e cumprirem, efetivamente, seu dever constitucional de proteger todas as crianças, com absoluta prioridade”, ressalta Maíra Bosi, coordenadora de comunicação do programa Criança e Consumo, do Instituto Alana.

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