Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) “Acesso à Internet e à televisão e posse de telefone móvel celular para uso pessoal”, relativos ao ano de 2021, apontam que houve um aumento no número de domicílios com internet, que chegou a 90,0% dos lares brasileiros. No levantamento anterior, realizado em 2019, o número era de 84,0%. Em termos absolutos, são 65,6 milhões de domicílios conectados, 5,8 milhões a mais do que em 2019. Os resultados foram divulgados na manhã desta sexta-feira (16), durante coletiva de imprensa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério das Comunicações (MCom).
A pesquisa mostra, ainda, crescimento na conectividade em áreas rurais, que saiu de 57,8% e chegou em 74,7% dos domicílios em 2021. Vale ressaltar que grande parte dos compromissos do leilão do 5G, realizado em novembro do ano passado, têm relação com a ampliação da conectividade no interior do país, como expansão do 4G e do backhaul de fibra óptica.
“Os dados da PNAD Contínua TIC vêm para somar e trazer mais uma orientação para o nosso trabalho, voltado para a criação das políticas públicas de telecomunicações e radiodifusão”, afirmou o ministro das Comunicações, Fábio Faria. A Pesquisa tem por objetivo principal o levantamento de informações conjunturais sobre as tendências e flutuações da força de trabalho brasileira.
ACESSO PESSOAL
Em 2021, entre os 183,9 milhões de pessoas com mais de 10 anos de idade no país, 84,7% utilizaram a internet no período de referência da PNAD TIC. Na última pesquisa, esse percentual era de 79,5%. Isto é, os brasileiros usuários de Internet já formam um contingente de 155,7 milhões, o que representa mais 11,8 milhões de usuários de Internet em relação a 2019.
Além disso, a proporção de pessoas conectadas aumentou em todos as faixas etárias. Para o grupo de 60 anos ou mais, passou de 44,8% para 57,5%. Este foi o maior crescimento proporcional apresentado no levantamento, superando, pela primeira vez, os 50% na faixa etária. Uma das possíveis explicações é a pandemia de Covid-19, que teria levado os idosos a acessarem mais a internet em função das medidas de isolamento social. Para a população de 50 a 59 anos, esse percentual também subiu significativamente: de 74,4% para 83,3%.
Pela primeira vez desde o início da série histórica, mais pessoas utilizaram a Internet para conversar por chamadas de voz ou vídeo (95,7%) em comparação com o envio ou recebimento de mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail (94,9%).
PNAD CONTÍNUA
A realização do módulo suplementar da pesquisa é resultado de parceria entre o IBGE e o MCom. A edição de 2021 também contou com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O secretário de Radiodifusão, Maximiliano Martinhão, e a secretária de Telecomunicações, Nathalia Lobo, participaram da cerimônia de apresentação dos dados.
CELULAR
O telefone celular segue como principal equipamento para acesso à internet no Brasil. Segundo os resultados do módulo suplementar “Acesso à Internet e à televisão e posse de telefone móvel celular para uso pessoal” da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), relativos ao ano de 2021, o aparelho é utilizado em 99,5% dos domicílios com acesso à Internet.
Atrás do celular aparece a televisão, opção de acesso mais utilizada em 44,4% dos domicílios, alta expressiva de 12,1 pontos percentuais em relação à pesquisa de 2019 (32,3%). Por outro lado, o percentual de domicílios com acesso à TV por assinatura caiu de 30,3% para 27,7% do total de domicílios com TV, o que pode indicar uma preferência do consumidor pelos serviços de streaming.
DIGITALIZAÇÃO
Em 2019, havia 61,5 milhões de domicílios com conversor de sinal digital para televisão aberta, o equivalente a 89,9% dos domicílios com televisores no país. Já em 2021, são 62,3 milhões de domicílios, o que equivale de 90,9% dos domicílios com TV. Essa proporção cresceu na área urbana, de 92,6% para 92,9% e, com mais intensidade, na rural, onde saiu de 71,9% para 76,6%.
*Informações do MCom