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TV Digital: Sem desligamento, TVs começam a exibir alertas de 30 segundos

TV Digital: Sem desligamento, TVs começam a exibir alertas de 30 segundos

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Como previsto, o dia 29 chegou e a maioria dos lares de Rio Verde não estava pronta para fim das transmissões analógicas de televisão. Surpresa mesmo virá a partir desta terça, 1º/12, na forma de alertas sobre o ‘iminente’ desligamento das emissoras locais. A novidade, porém, não é a única no agora frustrado cronograma para a cidade-piloto da transição para a TV Digital no Brasil.

“A partir de amanhã começam a entrar medidas mais invasivas. Tela preta entre programação e propaganda falando que pode ser desligado a qualquer momento. Não tem nova data. Quando der o percentual a gente desliga”, diz Rodrigo Zerbone, da Anatel, que coordena o Gired, o grupo de emissoras de televisão e teles responsável pela transição digital.

Parece pouco, mas é algo que as teles tentam amarrar ao processo há mais de um mês nas tratativas do Gired. E tem tudo para implicar em uma premissa a ser adotada nas próximas cidades: durante três vezes por dia, a televisão vai colocar um aviso que dura 30 segundos. No horário ‘nobre’, significa um comercial de R$ 200 mil a R$ 700 mil, a depender da emissora.

O que está à mesa, no entanto, é bem mais amplo. Um acordo para a revisão de todo o cronograma do desligamento analógico, que na prática busca concentrar os esforços em três dezenas de mercados suculentos para a oferta de 4G em 700 MHz, deixando o restante do país para quase uma década à frente. A forma é uma proposta da radiodifusão. Mas o recheio é da Anatel.

O acerto não é só possível como provável – ainda que não a ponto de ser confirmado na próxima reunião ordinária do Gired, em 9/12. Mas ainda esbarra em detalhes, como novas mudanças na metodologia de aferição de quantos domicílios estão aptos a receber os sinais digitais. Segundo os envolvidos, as teles temem qualquer data posterior a 2018, e as tevês evitam mexer nos 93%.

Números

O percentual que ‘autoriza’ o desligamento ainda é distante. Segundo o Ibope, 62% estão digitalizados, mas 38% dos lares de Rio Verde ficariam sem TV se os sinais tivessem sido desligados no domingo. Ao fim de mais uma reunião em que “foi grande a discussão em relação ao percentual”, na descrição de Zerbone, os times acertaram um placar um pouco diferente: 33% não estão prontos.

A televisão fez muxoxo e recusou ainda um terceiro percentual: apenas 23% ‘não prontos’. Essa proposta implica considerar como aptas todas as residências em que houver pelo menos um televisor de tela plana. No conjunto, visto que querem discutir a metodologia, é parte do preço das teles pelo acordo. Até aqui, a aceitação é parcial: lares que tenham só TVs de tela plana valem como prontos.

Como o retrato é de uma semana antes, o Gired espera que uma nova pesquisa, a ser apresentada do dia 9, mostre a corrida de última hora. Para as TVs, isso é difícil – e sinal de que há um público que não tem como arcar sequer com o custo do conversor (em 10 vezes de R$ 20, na cidade), mas também não é coberto pela assistência do Bolsa Família.

Certamente uma lição da cidade-piloto envolve os mais pobres. Na cidade de 200 mil habitantes, cerca de 7 mil são beneficiários do Bolsa Família – e portanto alvo da distribuição gratuita de conversores. E o fato é que nem mesmo entre eles chegou-se a 93% de preparação – apenas 78%. O Gired lê aí um sucesso imprevisto. Mas também quer dizer que nem de graça as pessoas se prepararam.

Convergência Digital

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