Um levantamento realizado pela Unesco, em parceria com organizações internacionais de proteção aos jornalistas, como Repórteres Sem Fronteiras, mostra o Brasil como um dos dez piores países do mundo para o exercício da profissão. Até maio deste ano, cinco jornalistas foram assassinados, a maioria em cidades do interior.De acordo com o G1, a discussão foi abordada na última terça-feira (15/10), durante a Conferência Global de Jornalismo Investigativo, na PUC-Rio, no painel de debates sobre violência e ameaças contra jornalistas, que contou com a presença da ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário.
Os protestos iniciados em junho contabilizaram 83 casos de violência contra jornalistas. Segundo a Abraji, 85% dos casos foram provocados pela violência policial e 15% pelos manifestantes. Para a ministra, os policiais devem ter atuação pública controlada. “Todo ataque deve ser analisado como algo que fere às atribuições da polícia”. Ela defendeu ainda a federalização de crimes contra jornalistas e que os profissionais entrassem na categoria de defensores dos direitos humanos.
No encontro, participaram Lucien Muñoz, representante da Unesco, o órgão das Nações Unidas para o desenvolvimento educacional, científico e cultural, e de Giancarlo Summa, diretor do Centro de Informação da ONU para o Brasil.
Fonte: Portal Imprens