A preparação para o desligamento da TV analógica em Brasília já distribuiu 75% dos decodificadores previstos, segundo Antônio Martelleto, presidente da Entidade Administradora da Digitalização (EAD), que agora trabalha com a marca Seja Digital. É praticamente o mesmo percentual atingido ao final do processo em Rio Verde, mas ainda a um mês do prazo final. “Pelo ritmo de distribuição devemos ficar em um percentual acima de 80%”, diz o executivo. A diferença entre o percentual atingido e os 100% se deve ao fato de que muitas pessoas que poderiam receber o kit optam por não fazê-lo ou porque já têm uma televisão com recepção digital e preferem receber o sinal sem o set-top. “O fato é que a experiência de Rio Verde está realmente ajudando agora e corrigimos alguns procedimentos, além de uma outra realidade de mercado”, diz Martelleto, ao explicar as razões do desempenho alcançado.
Segundo Martelleto, ainda não foi discutida com o governo a ideia anunciada pelo ministro Gilberto Kassab de que os decodificadores distribuídos pela Seja Digital possam ser usados como parte do pagamento na compra de televisores, mas segundo ele isso pode acontecer nos próximos dias.
Na próxima semana, o Gired deve se reunir para fechar a metodologia de pesquisa que será adotada em Brasília, visto que os radiodifusores querem que os critérios a serem considerados para o desligamento tragam um desconto em relação aos televisores de tela fina, já que nem todos são capazes de receber o sinal aberto. Possivelmente, será adotado um deflator sobre o índice da pesquisa. A próxima pesquisa do Ibope para medir o total de domicílios aptos a receber o sinal digital em Brasília está sendo iniciada e subsidiará a reunião do Gired de 25 de outubro, quando será ou não autorizado o desligamento do sinal analógico na Capital Federal. A última pesquisa mostrava um índice de digitalização de 85%, e a meta é de 93%.
Samuel Possebon