Um estudo conduzido pelo Instituto para o Diálogo sobre Políticas, ligado à Universidade Columbia, aponta que o Google e o Facebook devem quase US$ 14 bilhões (R$ 70 bilhões) anuais a veículos e editoras nos Estados Unidos.
O estudo estima que o Facebook deve US$ 1,9 bilhões anuais à mídia dos EUA. Já para o Google, o valor fica entre US$ 10 e 12 bilhões. Ou seja, as big techs lucram com as notícias, mas não pagam nada por isso.
Segundo o documento, as empresas deveriam repassar um valor anualmente a veículos de mídia pela veiculação de notícias e valorização do jornalismo. A pesquisa aponta que falta transparência em acordos fechados entre as big techs e os grupos jornalísticos do país.
A estimativa do valor levou em consideração fatores como a confiança dos usuários nas empresas para a veiculação de notícias de confiança, e até mesmo uma espécie de monopólio de tráfego e exposição de conteúdos em seus espaços digitais. Os pesquisadores concluíram que a proporção do pagamento chegaria a um acordo junto de divisão de receita pela metade.
Big techs x justiça
A relação entre as big techs e os veículos de notícias é pauta legislativa na Austrália. Em 2021, o país aprovou o Código Australiano de Negociação da Mídia de Notícias em busca da regulamentação do poder entre as duas partes. O modelo prevê a negociação do pagamento de maneira individual ou coletiva com as plataformas.
A determinação rendeu US$ 200 milhões às empresas jornalísticas australianas. Esquemas similares já estão na mira de outros países, como Canadá, Indonésia, Nova Zelândia, Índia e até mesmo o Brasil.
Além disso, no Canadá, a Meta chegou a bloquear links de notícias no Facebook e no Instagram. A decisão ocorreu em meio a uma lei que obrigava que as big techs pagassem pelo conteúdo noticioso veiculado em suas plataformas.
Assessoria de Comunicação da Abratel
Com informações do R7