Data: 16/04/2021
Veículo: Tudo Celular
A campanha de vacinação contra o coronavírus no Brasil segue em ritmo lento. Por enquanto, apenas grupos prioritários e certas faixas de idade estão recebendo os imunizantes contra COVID-19. Hoje a Abratel pediu que jornalistas sejam inclusos nesses grupos. Entenda o que motivou essa decisão e o que muda com ela.
A solicitação da Associação Brasileira de Rádio e Televisão foi divulgada hoje no portal da organização. Nela, é solicitado que jornalistas, radialistas e profissionais de comunicação sejam inclusos na lista de profissionais que têm prioridade na vacinação devido a exposição que muitos deles sofrem por conta do seu trabalho.
O pedido ainda destaca que a imprensa é considerada um serviço essencial pelo Decreto Federal 10.288 publicado em 22 de março de 2020, onde se diz:
São considerados essenciais as atividades e os serviços relacionados à imprensa, por todos os meios de comunicação. Deverão ser adotadas todas as cautelas para redução da transmissibilidade da Covid- 19.
Márcio Novaes, presidente da Abratel, ainda ressalta que:
Jornalistas, radialistas e trabalhadores da imprensa estão extremamente expostos e vulneráveis, executando a importante missão de cobrir e reportar a grave crise sanitária decorrente do novo Coronavírus. Atuam nas ruas, hospitais, aeroportos, rodoviárias, Congresso Nacional, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais e outros espaços de grande circulação de pessoas.
O argumento da Abratel afirma ainda que o serviço dos jornalistas é essencial, pois atualmente eles têm prestado papel fundamental ao divulgar informações sobre a pandemia e o andamento da vacinação no Brasil e no mundo.
A Abratel, em nota, ainda cita uma pesquisa divulgada pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), onde foi apontado que o Brasil é o líder mundial em mortes de jornalistas por coronavírus no período entre abril de 2020 e março de 2021, onde 169 profissionais da imprensa foram vítimas de Covid-19.
Estes profissionais que, diariamente, arriscam suas vidas e de suas famílias são, também, os grandes responsáveis por não termos um agravamento ainda maior da pandemia.
Vale dizer ainda que outra pesquisa já apontou que o Brasil é o segundo país no mundo com mais casos da doença com mais de 13,48 milhões de infectados e 368.479 mortes, ficando atrás somente da Índia, onde 13,53 milhões de casos foram registrados.