O Brasil é o quarto país da América Latina onde a pirataria é mais disseminada nos serviços de TV paga, atrás apenas de Bolívia, Guatemala e República Dominicana. Segundo dados do relatório Latam Pay TV Market 2013, conduzido pela Business Bureau, o país tem um índice de 21% de sinal e serviço pirateado nesse mercado.
O relatório avalia o total de pessoas com acesso à televisão paga, o tipo de serviços, a penetração e outros dados de 22 países da América Latina. A região concentra 75,3 milhões de pessoas que assistem a canais pagos, um índice médio de pirataria de 14%, mais baixo que o total brasileiro, e penetração média de 48%. O valor médio da assinatura básica, também contabilizado, é de US$ 27,43 – cerca de R$ 60.
Em termos de população com acesso aos serviços, o Brasil é o líder absoluto, com 24,8 milhões, principalmente pelo contingente populacional do país, que ultrapassa os 200 milhões de habitantes. A penetração nacional, porém, também fica abaixo da média regional, de 41%. Neste quesito, o Brasil fica atrás de Argentina e Uruguai, seus vizinhos do Mercosul, que têm penetração de 81% e 59%, respectivamente. Não há dados disponíveis sobre o Paraguai, país que completa o bloco econômico.
A análise do tipo de serviço oferecido mostra predominância do digital (66%) sobre o cabo (34%) no país. Em apenas outros dois países – México e Porto Rico – a transmissão digital é superior ao cabo. Quanto ao valor médio do plano básico, o Brasil está um pouco acima da média da região, com o registro de US$ 29,69. Se considerada somente a América do Sul, porém, o país tem valores mais baratos que os vizinhos. No Uruguai, o valor médio é de quase US$ 35, enquanto na Argentina sobe para US$ 35,85. O mais caro é o do Chile – US$ 39,83.
O relatório da Business Bureau considera o total de pessoas com acesso à TV paga, inclusive em vias informais, a chamada pirataria. Segundo a ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura), o Brasil atualmente conta com 17 milhões de domicílios atendidos.
Por Propmark