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Abert e Abratel rebatem dados do YouTube sobre audiência e defendem medição transparente

Abert e Abratel rebatem dados do YouTube sobre audiência e defendem medição transparente

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Data: 11/10/2024
Veículo: Tela Viva

Em nota conjunta (veja abaixo), a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) e a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (ABRATEL) rebateram dados divulgados pelo YouTube que sugeriam a superação da audiência da TV aberta pela plataforma. As entidades criticaram a divulgação de “manchetes sensacionalistas” e defenderam a utilização de “dados auditáveis e independentes” para a comparação entre as plataformas.

A polêmica teve início na quinta, 10, quando o YouTube divulgou que teria ultrapassado qualquer uma das principais redes de TV aberta em audiência. Os dados, divulgou a plataforma, seriam baseados baseado no Target Group Index, um produto da Kantar Ibope Media para a análise de comportamento do consumidor. A Abert e a Abratel contestaram a informação, alegando que os dados utilizados misturavam diferentes tipos de pesquisa, “embaralhando fontes, metodologias e recortes de universos diferentes”.

Segundo as associações, dados auditados da Kantar IBOPE Media (CPV 2023) mostram que a TV linear ainda detém a maior parte da audiência, representando 74,3% do consumo de vídeo, enquanto a TV aberta fica com 64,5%. As plataformas de vídeo online, somadas, representam 25,7% do consumo.

A busca por “soluções unilaterais, com fontes distintas e não certificadas de dados” é criticada na nota, que defende a criação de um sistema padronizado e confiável para a comparação entre TV e plataformas digitais.

As entidades fizeram um apelo por transparência, defendendo a necessidade de padrões claros e transparentes na medição de audiência, para que a comparação entre as plataformas seja justa e precisa. Lembrou ainda que há uma mobilização do mercado envolvendo Abert, Abratel, Fenapro e Abap, que estão trabalhando em conjunto para debater alternativas de integração de métricas no Fórum da Autorregulação do Mercado Publicitário (CENP). A iniciativa das associações visa garantir a integridade das medições de audiência e evitar distorções que possam prejudicar o mercado publicitário.

Unificação de parâmetros

A iniciativa foi anunciada em abril, quando as entidades afirmaram que a adoção unilateral de qualquer modelo de integração de métricas de audiência do meio TV e das plataformas digitais de consumo de mídia audiovisual, a partir de fontes distintas de dados e sem a devida parametrização, é indesejável e pode provocar graves prejuízos ao mercado publicitário e à livre concorrência.

Na ocasião as entidades fizeram duras críticas à forma como as plataformas estavam divulgando dados de audiência. “Não é razoável que empresas que tenham interesse nos resultados das medições, aproveitando de seu poder de mercado, definam isoladamente os parâmetros a serem utilizados, escolhendo soluções tendenciosas, que beneficiem suas plataformas, ou criando (diretamente ou por meio de terceiros), ferramentas que favoreçam seus negócios. Essas iniciativas unilaterais criariam no mercado falsas percepções sobre a audiência”, afirmaram.

Sobre a nova métrica a ser desenvolvida, disseram que seus parâmetros “devem ser tecnicamente corretos, acurados e justos, e precisam fornecer aos anunciantes e às agências as informações adequadas para que tomem as decisões sobre a alocação das verbas publicitárias”.

Rebatendo

Veja a nota da Abert e da Abratel divulgada nesta sexta, 11.

O mercado foi surpreendido, nesta quinta-feira (10), com manchetes sensacionalistas que apontavam a suposta superação da audiência das TVs abertas no Brasil pelo YouTube, apoiada em dados de pesquisa divulgados pelo próprio YouTube.

A informação motivou um rápido posicionamento da Kantar IBOPE Media, a quem as métricas foram atribuídas, esclarecendo que houve um equívoco: os dados divulgados pela plataforma misturavam pesquisas de declaração do consumidor, pesquisas de consumo e dados internos do YouTube, embaralhando fontes, metodologias e recortes de universos diferentes, sem refletir a audiência medida em suas pesquisas.

Dados auditados da própria Kantar IBOPE Media (CPV 2023) mostram que TV linear representa 74,3% de todo o consumo de vídeo. A TV Aberta tem 64,5%, contra 25,7% de todas as plataformas de vídeo online somadas. O consumo dos canais aberto é quase o triplo das plataformas de vídeo online. Foram quase 10 trilhões de minutos consumidos dos canais abertos em 2023 contra 3,8 trilhões das plataformas.

Diferença bastante significativa a favor dos canais abertos!

Reforçamos a necessidade de assegurar o uso íntegro de dados auditáveis e independentes para criarmos padrões seguros de comparação das medições de audiência do meio TV e das plataformas digitais.

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (ABRATEL), a Federação Nacional das Agências de Propaganda (FENAPRO) e a Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP) já convocaram o mercado publicitário brasileiro para debater alternativas de integração de métricas. Este trabalho está em andamento no Fórum da Autorregulação do Mercado Publicitário (CENP), a fim de evitar o surgimento de soluções unilaterais, com fontes distintas e não certificadas de dados e sem a devida parametrização, que podem ser prejudiciais ao mercado.

ABERT – Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão
ABRATEL – Associação Brasileira de Rádio e Televisão

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