Os dois jovens acusados pela morte do cinegrafista Santiago Andrade, atingido por um rojão durante uma manifestação em frente à Central do Brasil, vão a júri popular. A decisão foi divulgada hoje (19) pelo juiz Murilo Kieling, titular da 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro. Caio Silva de Souza e Fábio Raposo Barbosa são acusados de terem acendido o rojão que atingiu Santiago na cabeça no dia 6 de fevereiro. O cinegrafista acabou morrendo poucos dias depois, em 10 de fevereiro.
De acordo com nota, divulgada na página do Tribunal de Justiça na internet, os dois jovens respondem por homicídio triplamente qualificado: motivo torpe, uso de explosivo e mediante recurso que tornou impossível a defesa da vítima. O juiz decidiu manter os réus presos e a data do júri somente será marcada após o julgamento dos possíveis recursos impetrados pela defesa.
Recurso
O advogado Antônio Pedro Melchior, que defende Caio Silva de Souza, deve entrar com recurso na Justiça contra a decisão do juiz Murilo Kieling, titular da 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, de levar a júri popular Caio Silva de Souza e Fábio Raposo Barbosa, acusados de envolvimento na morte do cinegrafista Santiago Ilídio de Andrade, atingido por um rojão durante uma manifestação em fevereiro deste ano, em frente à Central do Brasil, no centro do Rio.
Já o advogado Wallace Martins, que defende Fábio Raposo, ainda não sabe se vai recorrer da decisão. A medida também mantém os jovens presos no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste da cidade. A data do júri ainda não foi marcada, pois cabem recursos da defesa.
De acordo com Melchior, a defesa de Caio não vê surpresa na decisão judicial, mas, com as provas da primeira fase, poderiam retirar o julgamento do Tribunal do Juri, alegando que os dois acusados já deveriam estar respondendo pelo crime em liberdade.
Assessoria de Comunicação da Abratel
Com informações da Agência Brasil