There is nothing to show here!
Slider with alias none not found.
Centenário do Rádio no Brasil acontece junto à comemoração de 200 anos da independência
Em 7 de setembro de 1922, comemorou-se o centenário da Independência do Brasil. Uma forma de celebração envolvia uma nova tecnologia para a época: uma transmissão de rádio à distância e sem fios. A voz do presidente Epitáfio Pessoa ecoou pelas ondas de radiodifusão pela primeira vez na história. Este foi o início do Rádio em solo brasileiro.
Há 100 anos, o Brasil conhecia o, até então, mais revolucionário equipamento de comunicação de massa. A transmissão foi captada por uma antena no morro do Corcovado, no Rio de Janeiro, e transmitida na Rádio Sociedade.
Entretanto, foi apenas em 20 de abril de 1923 que a primeira emissora brasileira foi fundada, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, hoje é conhecida como Rádio MEC, fundada por Roquette Pinto, com o propósito de ser um veículo de comunicação educativo, cultural e artístico.
Desde então, diversas emissoras surgiram, como a Rádio Record, Rádio Nacional, Rádio Tupi entre outras. Em 1932, as rádios passaram a ter permissão para realizar publicidade. Com isso, as emissoras se profissionalizaram cada vez mais.
Em 1937 inicia-se a venda de receptores de ondas curtas. Ondas curtas consistem a alta frequência obtida pela relação inversa ao comprimento. Ou seja, em uma onda de radiodifusão com comprimentos compreendidos entre 10 e 100 metros. Em 1946 fundou-se a Associação Interamericana de Radiodifusão (AIR), formada por associações nacionais e internacionais.
Com a inauguração da Televisão em 1950, é criado o Código Brasileiro de Radiodifusão e o Conselho Nacional de Telecomunicações. Ainda nesta década, foi realizada a primeira transmissão experimental de rádio em frequência modulada (FM) pela rádio Imprensa do Rio de Janeiro. Em 1969, surgem as primeiras rádios FM estéreo.
Em 1990, fundou-se a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Com sede atual no Distrito Federal, a Anatel segue a função de órgão regulador das telecomunicações. Com a chegada de novas tecnologias, a faixa estendida de FM (eFM) é inaugurada em 2021.
Atualmente, pesquisas apontam o comportamento de usuários de smart speakers (aparelhos que funcionam por comandos de voz conectados à internet) e já destacam que grande parte dos usuários desses aparelhos passam a maior parte do tempo ouvindo o rádio por eles.
Além disso, também é observado o consumo de programas inspirados nos já consagrados programas de rádio, os podcasts. O Rádio tem sua trajetória com muitos pontos relevantes para a história da comunicação no país, impactando a rotina dos brasileiros em diversos âmbitos, como educação, cultura e entretenimento, acompanhando as gerações e as novas tecnologias.
Atualmente, há uma consulta pública para instaurar o Dia Nacional do Rádio no dia de nascimento de Edigar Roquette-Pinto, 25 de setembro. Entusiasta do meio e fundador da primeira rádio, a Rádio Sociedade, sua data de nascimento já é conhecida pela comemoração do rádio, mas aguarda aprovação em lei.
A Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel) comemora a data e reconhece o Rádio como o meio que mais impactou a comunicação no país em toda a história. Para o presidente, Márcio Novaes, o rádio segue vivo mesmo com todas as tecnologias.
“O rádio funcionava à pilhas, na tomada, funciona no celular, em smart speakers, em televisores modernos. O meio completa 100 anos se reinventando, remodelando, aprendendo como produzir novos conteúdos e a conquistar gerações muito diferentes. Sejam os amantes do futebol, que escutam a transmissão no campo, sejam as crianças se conectando com seus avós ao ouvir uma música sintonizada na emissora favorita da família. O rádio ainda estará aqui por muitos mais anos”, comemora.
Após 100 anos de sua criação, o rádio segue sendo um dos mais importantes meios de comunicação, como mecanismo de propagação da cultura brasileira, informação, cobertura jornalística e debate, se reinventando e se adaptando às novas tecnologias que surgem concomitantemente, mantendo seu objetivo principal: a comunicação.