Uma iniciativa do Ministério das Comunicações para desenvolvimento da quinta geração da telefonia móvel, o 5G, foi selecionada no Projeto Apoio aos Diálogos Setoriais União Europeia-Brasil. A parceria apoia iniciativas do Governo Federal em mais de 20 áreas de interesse comum, entre elas ciência e tecnologia. O objetivo é promover a troca de informações e contribuir para o progresso e o aprofundamento da parceria estratégica e das relações bilaterais.
O projeto do MiniCom é encabeçado pela Secretaria de Telecomunicações. Com a escolha, os Diálogos Setoriais apoiarão a ida de especialistas e pesquisadores brasileiros para acompanhar o desenvolvimento do 5G na Europa. Em seguida, também virão especialistas de lá para cooperar com o trabalho feito no Brasil. A previsão é que a ida dos especialistas brasileiros deve acontecer entre setembro e novembro. Já a missão europeia no Brasil deve acontecer no primeiro semestre de 2016.
Países de todo o mundo vêm estudando o 5G, diz o diretor de Indústria, Ciência e Tecnologia do MiniCom, José Gontijo. Por isso, a regulamentação da tecnologia depende de decisões nos fóruns internacionais. “Existem várias iniciativas com o 5G espalhadas em todo o mundo e no Brasil há projetos em andamento. Nós temos nos relacionado com a Coreia do Sul e com a União Europeia para o desenvolvimento da tecnologia”, afirma.
Testes
A tecnologia 5G ainda não tem padrões definidos, mas testes feitos em alguns países apontam que a velocidade de download aumentaria para 10 a 50 gigabits por segundo. Atualmente, as redes 4G atingem uma velocidade média bem inferior, de 20 Megabits por segundo – um filme em HD será baixado em poucos segundos no 5G, enquanto na conexão 4G leva alguns minutos.
Mas a expectativa dos pesquisadores é de que o 5G ajude a impulsionar, principalmente, a chamada “internet das coisas” nos próximos anos. Esse conceito diz respeito a toda infraestrutura tecnológica que tenha acesso à internet, extrapolando os limites da telefonia celular e dos tablets e englobando desde geladeiras a máquinas de lavar roupa e outros utensílios que possam acessar a rede. Isso vai permitir a conexão de bilhões de dispositivos, como equipamentos, eletrodomésticos, veículos e serviços.
A previsão é de que a nova tecnologia só deverá estar disponível por volta de 2020. Mas a Coreia do Sul já planeja lançar uma rede de quinta geração em 2017.
Ministério das Comunicações